Famílias hondurenhas buscam respostas após morte de 46 pessoas em prisão feminina
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Por Gustavo Palencia e Fredy Rodriguez
TEGUCIGALPA, Honduras (Reuters) - O número de pessoas mortas em um motim em uma prisão feminina em Honduras subiu para 46, disse um porta-voz do governo na quarta-feira, enquanto parentes ansiosos exigiam informações sobre o paradeiro de familiares encarceradas.
O gabinete da presidente Xiomara Castro disse que a polícia militar de Honduras assumirá o controle da maior parte do sistema penal do país após o motim, o mais recente de uma série de incidentes letais em prisões de Honduras.
O governo de Honduras também ampliou o estado de exceção implementado em dezembro e disse que transformaria ilhas a centenas de quilômetros da costa em uma colônia penal para líderes de gangues 'altamente perigosos'.
Parentes de detentas se reuniram no Centro Feminino de Adaptação Social, a penitenciária feminina para 900 pessoas a cerca de 20 km da capital Tegucigalpa, onde a violência de gangues ocorreu um dia antes.
De acordo com um porta-voz da promotoria de Honduras na terça-feira, a maioria morreu queimada, enquanto outras foram baleadas.
No principal necrotério público de Tegucigalpa, os funcionários estavam ficando sem espaço para os restos mortais das vítimas enquanto parentes chegavam, com alguns pedindo que as autoridades divulgassem uma lista das vítimas da violência de terça-feira.
Identificar as vítimas é um desafio, já que muitas delas foram 'carbonizadas ou reduzidas' a cinzas, segundo Yuri Mora, porta-voz da promotoria.
Xiomara Castro disse na terça-feira que o motim foi planejado por membros de gangues com o conhecimento dos guardas e prometeu 'medidas drásticas'.
Escrito por Reuters
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