Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Fed dá adeus à recessão que não houve

Placeholder - loading - Tesouro dos Estados Unidos, em Washington 20/01/2023 REUTERS/Jim Bourg
Tesouro dos Estados Unidos, em Washington 20/01/2023 REUTERS/Jim Bourg
Ver comentários

Publicada em  

Atualizada em  

Por Howard Schneider e Indradip Ghosh

WASHINGTON (Reuters) - Pode-se jogar a culpa na teoria econômica que não corresponde à realidade, no pensamento de bolha dos analistas ou no partidarismo político dos oponentes do governo Biden, mas há um ano grande parte dos Estados Unidos estava convencida de que o país estava em recessão ou logo entraria em uma.

Os dois primeiros trimestres de 2022 viram a produção econômica norte-americana contrair a uma taxa anual de 1,6% de janeiro a março e a uma taxa anual de 0,6% de abril a junho e, por uma definição comum, embora não tecnicamente precisa, o país já havia entrado em uma recessão.

O Federal Reserve estava aumentando rapidamente as taxas de juros, o investimento imobiliário parecia estar diminuindo e a sabedoria convencional era que outras indústrias, os gastos do consumidor e o mercado de trabalho também cairiam.

“Várias forças coincidiram para desacelerar o ímpeto econômico mais rapidamente do que esperávamos”, disse Michael Gapen, economista-chefe do Bank of America nos Estados Unidos, em uma análise de julho de 2022.

'Prevemos agora uma leve recessão na economia norte-americana este ano... Além do enfraquecimento do apoio fiscal anterior... os choques inflacionários corroeram o poder de compra real das famílias com mais força do que prevíamos anteriormente e as condições financeiras se apertaram visivelmente conforme o Fed mudou seu tom para aumentos mais rápidos em sua taxa básica de juros.'

Avançando um ano, a taxa de desemprego de 3,5% em julho está na verdade mais baixa do que o ponto em que muitos analistas esperavam que começasse a subir, os consumidores continuam gastando e muitas previsões econômicas profissionais seguiram Gapen em uma correção de curso.

As pesquisas da Reuters com economistas no ano passado mostraram que o risco de uma recessão daqui a um ano aumentou de 25% em abril de 2022, um mês após o primeiro aumento de juros do atual ciclo de aperto do Fed, para 65% em outubro. A leitura mais recente é de 55%.

“Os dados recebidos nos fizeram reavaliar nossa visão anterior” de uma recessão que já havia sido adiada para 2024, escreveu Gapen no início deste mês. 'Revisamos nossa perspectiva em favor de um 'pouso suave', onde o crescimento cai abaixo da tendência em 2024, mas permanece positivo o tempo todo.'

Os revisionistas da recessão incluem a própria equipe do Fed, que seguiu seus modelos para rebaixar constantemente as perspectivas para os Estados Unidos, passando de preocupações crescentes sobre 'risco de queda' no outono passado, para citar a recessão como um resultado 'plausível' em dezembro passado, e, em seguida, projetando a partir da reunião do Fed de março de 2023 que a recessão começaria este ano.

A perspectiva mais sombria desapareceu na reunião de 25 a 26 de julho, confirmou recentemente o presidente do Fed, Jerome Powell, com a expectativa de que mais detalhes sobre a perspectiva da equipe sejam reveladas na ata dessa reunião, que será divulgada nesta quarta-feira.

'A equipe agora tem uma notável desaceleração no crescimento começando no final deste ano na previsão, mas dada a resiliência da economia recentemente, eles não estão mais prevendo uma recessão', disse Powell em coletiva de imprensa após o final da reunião de política monetária do mês passado.

As projeções dos formuladores de política monetária do Fed, que são divulgadas trimestralmente, nunca mostraram contração anual do Produto Interno Bruto.

CONSUMIDORES

O que determinou a diferença entre a recessão que muitos entendiam estar em curso no ano passado e o crescimento que surpreendeu para cima?

A falha na previsão não foi pequena. No terceiro trimestre do ano passado, o crescimento se recuperou para uma taxa anual de 3,2% e permaneceu em 2% ou mais desde então, acima do 1,8% que o Fed considera como o potencial subjacente da economia.

Uma grande parte da história é o poder dos consumidores dos EUA, que continuaram 'engajados' e gastando mais do que o esperado.

Mas não é só isso. Pode ser que altas taxas de juros não funcionem da mesma maneira em uma economia que gasta mais em serviços menos sensíveis a taxas e onde as empresas continuaram a tomar empréstimos e investir mais do que muitos economistas previam.

Um aumento nos gastos de governos locais também deu um impulso inesperado ao crescimento, conforme localidades colocaram os fundos da era da pandemia para trabalhar com atraso.

Um risco é se a inflação ressurgir ao lado de uma economia mais apertada do que o esperado, e a política do Fed precisar se tornar ainda mais rígida e induzir a desaceleração da inflação que as autoridades ainda esperam evitar.

Mas as chances disso ocorrer podem estar diminuindo. 'Estivemos hesitando por um tempo sobre mudar para o campo de 'aterrissagem suave', mas não mais', observou Sal Guatieri, economista sênior da BMO Capital Markets, em referência às esperanças do Fed de reduzir a inflação sem provocar uma recessão.

'A ampla força' na economia dos Estados Unidos, disse ele, 'nos convenceu de que a economia é mais durável do que o esperado... Não só não está mais desacelerando, como pode estar se recuperando'.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia LADY GAGA: DE COACHELLA À COPACABANA

LADY GAGA: DE COACHELLA À COPACABANA

Lady Gaga fez história no Coachella 2025 com um espetáculo que mais parecia uma ópera pop moderna: teatral, dividido em cinco atos e com estética gótica. As apresentações nos dias 11 e 18 de abril foram marcadas pela estreia ao vivo de músicas do álbum Mayhem, além de clássicos como “Poker Face”, “Born This Way” e “Bad Romance”.

Mas se o tempo de palco no festival americano foi limitado a 90 minutos, os fãs brasileiros podem se preparar para um programa bem mais amplo no show gratuito em Copacabana, neste sábado (3 de maio). A expectativa é de que a performance de Lady Gaga no Rio de Janeiro dure até 2h30, com inclusão de músicas que ficaram de fora do set original, como sucessos de Chromatica, Artpop e Joanne.

Como foi o show no Coachella

Com coreografia de Parris Goebel e direção artística repleta de simbolismos visuais, Gaga apresentou um roteiro em cinco blocos distintos, alternando momentos de tensão, euforia, introspecção e catarse.

Uma experiência em cinco atos

Confira a setlist completa do Coachella, com a origem de cada música:

Ato I – Of Velvet and Vice

Ato II – And She Fell Into a Gothic Dream

Ato III – The Beautiful Nightmare That Knows Her Name

Ato IV – To Wake Her Is to Lose Her

Finale – Eternal Aria of the Monster Heart

Essa estrutura foi mantida em ambas as apresentações no festival, com pequenas variações em elementos visuais e interações com o público. Por exemplo, na primeira apresentação, Gesaffelstein, produtor e DJ francês conhecido por sua estética sombria e minimalista no techno e electro, participou ao vivo da performance de “Killah”. A música faz parte do novo álbum da cantora, Mayhem, e é uma colaboração entre os dois artistas.

Elementos Teatrais e Visuais

A ópera pop tem direção criativa de Parris Goebel, conhecida por seu trabalho com artistas como Rihanna e Doja Cat, e incorporou elementos teatrais, como mudanças de figurino dramáticas, cenários góticos e coreografias elaboradas, criando uma experiência imersiva para o público.

Destaques visuais incluíram uma batalha de xadrez encenada durante "Poker Face", onde os dançarinos representavam peças do jogo, e a transformação do palco em um cenário verdejante durante "Garden of Eden", com Gaga tocando guitarra.

O que esperar do show no Rio de Janeiro?

Para a apresentação gratuita na praia de Copacabana, Lady Gaga deve manter o núcleo teatral de Mayhem, mas há grande expectativa por um show mais longo e afetivo. Com liberdade de tempo e público local engajado, faixas como:

11 H
  1. Home
  2. noticias
  3. fed da adeus a recessao que …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.