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Fed reduz juros em 0,50 p.p. e cita 'maior confiança' na inflação

Placeholder - loading - Sede do Federal Reserve em Washington 03/04/2012. REUTERS/Joshua Roberts/File Photo
Sede do Federal Reserve em Washington 03/04/2012. REUTERS/Joshua Roberts/File Photo

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Por Howard Schneider e Ann Saphir

WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve cortou a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual nesta quarta-feira, dando início ao que se espera que seja um ciclo firme de flexibilização da política monetária, com uma redução maior do que a habitual nos custos de empréstimos, em movimento que vem após crescente inquietação com a saúde do mercado de trabalho.

'O Comitê (Federal de Mercado Aberto) adquiriu maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2% e julga que os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação estão mais ou menos equilibrados', disseram formuladores de política monetária em sua declaração, que teve a divergência da diretora Michelle Bowman, que defendeu um corte de apenas 0,25 ponto percentual.

Os formuladores de política monetária veem a taxa de referência do Fed caindo mais 0,50 ponto percentual até o final deste ano, outro 1 ponto percentual em 2025 e mais 0,50 ponto percentual em 2026, chegando a uma faixa de 2,75% a 3,00%.

O ponto final reflete um ligeiro aumento, de 2,8% para 2,9%, na taxa básica de longo prazo, considerada uma posição 'neutra' que não incentiva nem desestimula a atividade econômica.

Embora a inflação 'permaneça um pouco elevada', o comunicado do Fed diz que as autoridades optaram por reduzir a taxa básica para a faixa de 4,75% a 5,00% 'à luz do progresso da inflação e do equilíbrio dos riscos'.

O Fed 'está preparado para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado se surgirem riscos que possam impedir a realização das metas do Comitê', com atenção para 'ambos os lados de seu mandato duplo' de preços estáveis e pleno emprego.

O chair do Fed, Jerome Powell, dará uma coletiva de imprensa para discutir a decisão de política monetária e as perspectivas econômicas. A reunião do banco central nesta semana foi a última antes de os eleitores norte-americanos irem às urnas no que se espera que seja uma eleição presidencial acirrada nos Estados Unidos em 5 de novembro.

O tamanho do corte inicial provavelmente levantará questões sobre a estratégia do Fed e se os formuladores de política monetária estão apenas tentando levar em conta o rápido declínio da inflação desde o ano passado, ou se estão tratando de preocupações entre algumas autoridades de que o mercado de trabalho dos EUA pode estar se enfraquecendo mais rapidamente do que o desejado ou necessário para garantir que a inflação retorne totalmente à meta de 2% do Fed.

Atualmente, ela está cerca de 0,50% acima dessa meta, e as novas projeções econômicas mostram que a taxa anual de aumento do índice PCE está caindo para 2,3% até o final deste ano e para 2,1% até o final de 2025.

A taxa de desemprego deve terminar este ano em 4,4%, mais alta do que os atuais 4,2%, e permanecer assim até 2025. O crescimento econômico é visto em 2,1% até 2024 e 2% no próximo ano, mesmos patamares da última rodada de projeções emitidas em junho.

O Fed manteve sua taxa básica na faixa de 5,25% a 5,50% desde julho de 2023, quando a inflação caiu de um pico em 40 anos para um nível que agora está se aproximando da meta do banco central.

Escrito por Reuters

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