Filipinas criticam China por 'provocar problemas' no Mar do Sul da China
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Por Mikhail Flores
MANILA (Reuters) - Um dramático impasse com Pequim no Mar do Sul da China nesta semana foi o incidente mais sério até agora para as Filipinas, disseram suas principais autoridades de segurança nesta quarta-feira, prometendo não recuar na afirmação dos direitos soberanos do país.
As Filipinas têm se irritado com o que chamam de repetidas condutas agressivas da guarda costeira chinesa, acusando seus navios de usar canhões de água, bloquear e assediar na terça-feira uma missão filipina de reabastecimento para as tropas estacionadas no disputado Second Thomas Shoal.
A força-tarefa das Filipinas no Mar do Sul da China disse que um almirante de alto escalão estava a bordo de uma embarcação que foi atingida por canhões de água pela guarda costeira da China, quebrando seu para-brisa e ferindo quatro membros da Marinha. O almirante saiu ileso.
'Esse é o incidente mais sério até o momento', disse o porta-voz da força-tarefa, Jonathan Malaya, acusando a China de 'provocar problemas deliberadamente' e de 'incitar maliciosamente o alarde'.
A China acusou as Filipinas de invadir seu território, reivindicando a soberania sobre o recife, localizado a 1.300 km de seu continente. A China reivindica a maior parte do Mar do Sul da China como sua, apesar de um painel de arbitragem internacional ter concluído que essa posição não tem base no direito internacional.
O secretário de Defesa das Filipinas, Gilberto Teodoro, disse na quarta-feira que as reivindicações da China não têm fundamento e que suas ações nesta semana foram 'claramente ilegais e totalmente incivilizadas'.
'Essa reivindicação é, em termos simples, uma reivindicação com a qual nenhum Estado de pensamento correto no mundo concorda e que muitos condenam abertamente', afirmou Teodoro em um comunicado.
O incidente de terça-feira foi o mais recente de uma série de confrontos entre as Filipinas e a China sobre áreas disputadas no Mar do Sul da China, coincidindo com um recente aumento nas atividades de defesa entre as Forças Armadas de Manila e Washington.
Escrito por Reuters
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