Finlândia assina pacto de segurança de 10 anos com Ucrânia e elevará ajuda militar
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COPENHAGUE (Reuters) - A Finlândia assinou nesta quarta-feira um pacto de segurança de 10 anos com a Ucrânia e enviará ao país mais 188 milhões de euros em ajuda militar, disse o presidente finlandês, Alexander Stubb, após se reunir com seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, em Kiev.
O acordo abrange a cooperação de segurança e o apoio de longo prazo, incluindo o suporte à defesa e à segurança da Ucrânia contra a invasão russa de dois anos atrás e para as reformas e a reconstrução da Ucrânia, disse o gabinete de Stubb.
'O acordo de 10 anos é a prova do compromisso de longo prazo da Finlândia em apoiar a Ucrânia', segundo um comunicado.
A Finlândia também fornecerá outro pacote de materiais de defesa, incluindo defesa aérea e munição de calibre pesado, entre outras coisas, disse Stubb em uma coletiva de imprensa conjunta com Zelenskiy na capital ucraniana.
Ele afirmou que o novo pacote de ajuda elevaria o total da contribuição finlandesa para a defesa da Ucrânia desde 2022 para cerca de 2 bilhões de euros.
'Não estamos dando esse apoio militar apenas para que a Ucrânia se defenda, estamos dando esse apoio militar para que a Ucrânia vença essa guerra', disse Stubb.
A Ucrânia depende muito dos sistemas de defesa aérea ocidentais contra seu inimigo militarmente superior e há muito tempo pressiona seus parceiros internacionais por armamentos maiores para evitar os crescentes ataques russos em suas cidades e rede de energia.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse na quarta-feira que os parceiros de Kiev não estavam fornecendo defesa aérea suficiente para proteger contra os ataques de mísseis russos, apesar de terem mais de 100 sistemas Patriot em seus próprios arsenais.
A Finlândia compartilha uma fronteira de 1.340 km com a Rússia e aderiu à Otan no ano passado, rompendo com gerações de não alinhamento militar para reforçar suas defesas contra qualquer ameaça de sua vizinha gigante.
(Reportagem de Louise Breusch Rasmussen em Copenhague e Yuliia Dysa em Gdansk)
Escrito por Reuters
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