FMI reduz previsão de crescimento do Japão em 2024, mas projeta recuperação no próximo ano
Publicada em
Por Leika Kihara
TÓQUIO (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu nesta terça-feira sua previsão de crescimento econômico para o Japão neste ano, mas projetou uma recuperação em 2025, considerando que o aumento dos salários reais sustentará o consumo.
A projeção otimista do FMI sobre o consumo está de acordo com a visão do Banco do Japão de que os aumentos contínuos dos salários impulsionarão o poder de compra das famílias e manterão a economia forte o suficiente para resistir a novos aumentos da taxa de juros.
No relatório Perspectiva Econômica Global de outubro, o FMI projetou que o crescimento econômico do Japão desacelerará para 0,3% este ano, em comparação com 1,7% em 2023, devido a distúrbios no fornecimento da indústria automobilística e ao enfraquecimento do impulso pontual do turismo.
A previsão foi reduzida em 0,4 ponto percentual em relação à perspectiva apresentada em julho.
Por outro lado, a economia deve expandir 1,1% em 2025, 'com o crescimento impulsionado pelo consumo privado à medida que o aumento dos salários reais se fortalece', disse o FMI.
A organização baseou suas previsões na suposição de que o Banco do Japão manterá uma trajetória estável de política monetária.
'Projeta-se que a taxa de juros continue subindo gradualmente no médio prazo em direção a uma configuração neutra de cerca de 1,5%', disse o FMI.
A economia do Japão expandiu a uma taxa anualizada de 2,9% no segundo trimestre, uma vez que os aumentos constantes dos salários sustentaram os gastos dos consumidores, embora a demanda fraca na China e a desaceleração do crescimento dos Estados Unidos obscureçam as perspectivas para o país, que é dependente de exportações.
Em previsões feitas em julho, o banco central japonês disse esperar que a economia do Japão cresça 0,6% no atual ano fiscal, que termina em março de 2025, e acelere para 1,0% no ano fiscal de 2025. Ele revisará as projeções trimestrais em sua próxima reunião de política monetária, em 30 e 31 de outubro.
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO