Forças Armadas da Colômbia manterão ofensiva contra grupos armados, diz presidente
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BOGOTÁ (Reuters) - As Forças Armadas da Colômbia manterão operações contra grupos armados ilegais até que eles demonstrem vontade de negociar a paz, disse o presidente Gustavo Petro nesta terça-feira, depois que dissidentes das Farc atacaram e mataram seis soldados.
O ataque de dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que rejeitam um acordo de paz firmado em 2016 pelo grupo com o governo, aconteceu no município de Buenos Aires, na província de Cauca, importante região produtora de coca, principal ingrediente da cocaína.
Três militares foram mortos por dissidentes das Farc na mesma região no último final de semana.
'A possibilidade de diálogo hoje não é limitada pela cessação das operações militares. Até agora só falamos sobre a possibilidade (de um cessar-fogo), nada mais', disse Petro após uma reunião com altos membros das forças de segurança da Colômbia.
Petro é o primeiro presidente de esquerda da Colômbia. Ele prometeu estabelecer a paz total no país para pôr fim a quase seis décadas de conflito armado, que deixou centenas de milhares de mortos.
O governo da Colômbia recentemente reiniciou negociações de paz na Venezuela com o grupo guerrilheiro de esquerda Exército de Libertação Nacional (ELN), e espera implementar o acordo de 2016 com as facções dissidentes das Farc.
'A ação militar não cessa enquanto não houver vontade real de negociar', disse Petro.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)
Escrito por Reuters
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