França acusa Rússia de usar fornecimento de gás como 'arma de guerra'
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Por Dominique Vidalon
PARIS (Reuters) - A França acusou Moscou nesta terça-feira de usar o fornecimento de energia como 'uma arma de guerra', depois que a gigante russa de gás Gazprom reduziu as entregas para uma de suas principais concessionárias e se prepara para interromper os fluxos ao longo de importante gasoduto para Alemanha a partir de quarta-feira.
Os governos europeus estão tentando encontrar uma resposta ao aumento dos custos de energia para empresas e residências e alternativas ao suprimento russo para armazenar para o inverno.
Países ocidentais temem que Moscou esteja elevando os preços do gás para tentar enfraquecer a determinação deles em se opor à invasão da Ucrânia, uma tática que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, chamou na segunda-feira de terrorismo econômico. Moscou nega que esteja fazendo isso.
O gasoduto Nord Stream 1, principal canal de gás russo para a Europa, tornou-se um ponto de conflito na guerra econômica entre Moscou e Bruxelas. A Europa já está avisada de que os suprimentos serão reduzidos, pois a Gazprom vai desligar o Nord Stream 1 de quarta a sexta-feira para manutenção.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse nesta terça-feira que os problemas tecnológicos causados pelas sanções ocidentais são a única coisa que impede o fornecimento de gás via Nord Stream 1.
Mas a ministra de Transição de Energia da França, Agnes Pannier-Runacher, afirmou: 'Muito claramente a Rússia está usando gás como arma de guerra e precisamos nos preparar para o pior cenário de uma interrupção completa do fornecimento'.
Ela falou à rádio France Inter depois que a concessionária francesa Engie disse que receberia menos gás da Gazprom a partir de terça-feira por causa de uma disputa contratual não especificada.
A Rússia está bombeando gás via Nord Stream 1 com apenas 20% da capacidade e há temores de que a interrupção desta semana possa ser estendida.
'Existem garantias de que, além dos problemas tecnológicos causados pelas sanções, nada impede o abastecimento', disse Peskov, do Kremlin, quando perguntado se há garantias de que a Gazprom retomará os fluxos de gás via Nord Stream 1.
Os ministros de Energia europeus realizarão uma reunião de emergência em 9 de setembro para discutir a crise.
A Alemanha, maior economia da Europa, está aberta a discutir um esquema de teto de preço no fornecimento de gás em nível europeu, disse uma fonte na Itália, citando uma mensagem de texto que o ministro da Economia da Alemanha enviou a seus colegas em toda a Europa.
Escrito por Reuters
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