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França enfrenta ação coletiva histórica por suposta discriminação racial da polícia

Placeholder - loading - Conselho de Estado em Paris  16/8/2021   REUTERS/Sarah Meyssonnier
Conselho de Estado em Paris 16/8/2021 REUTERS/Sarah Meyssonnier
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Por Layli Foroudi

PARIS (Reuters) - O mais alto tribunal administrativo da França considerará na sexta-feira sua primeira ação coletiva contra o Estado, alegando discriminação racial por parte da polícia -- e poderá, no processo, moldar o futuro ativismo social.

Seis organizações de direitos humanos argumentam que a polícia discrimina sistematicamente, especialmente jovens árabes e negros, ao decidir quem parar em patrulhas de rotina.

Se forem bem-sucedidas, as ações poderão abrir caminho para desafios legais amplos semelhantes em um país onde o ativismo tradicionalmente assume a forma de protesto direto e onde as ações coletivas só se tornaram possíveis em 2014 e continuam raras.

O processo, apoiado por declarações de 40 vítimas, pede ao Conseil d'Etat (Conselho de Estado) que exija reformas concretas do governo, incluindo a limitação dos poderes da polícia para verificar documento de identidade e a obrigatoriedade de um registro das verificações.

'Não é aceitável que as crianças tenham que descobrir que a cor de sua pele é um problema', disse Omer Mas Capitolan, presidente de uma das seis organizações, a Community House of Development in Solidarity.

O governo e a polícia já estão sob pressão depois que um policial matou a tiros Nahel, um adolescente de ascendência norte-africana, durante uma parada de trânsito em junho, trazendo o ressentimento há muito tempo latente entre as comunidades urbanas de imigrantes.

O Comitê da ONU para a Eliminação da Discriminação Racial condenou a 'prática contínua de perfis raciais' e instou a França a abordar as 'causas estruturais e sistêmicas da discriminação racial' na polícia.

O Ministério do Interior não respondeu a um pedido de comentário, mas disse anteriormente que a criação de 'perfis étnicos pela polícia é proibida' e que o racismo na polícia não é sistêmico.

No entanto, a França limita o uso de estatísticas sobre raça e etnia, e especialistas dizem que o país não pode mais fechar os olhos para as acusações de grupos de direitos de que o racismo influencia o recrutamento, o treinamento, a doutrina e a prática da polícia.

'O objetivo é olhar para o futuro -- traçar todas as formas necessárias para erradicar esse erro', disse Antoine Lyon-Caen, advogado das seis organizações, que incluem Anistia, Human Rights Watch e Open Society Justice Initiative.

Nos argumentos apresentados ao tribunal, Lyon-Caen cita como modelo uma decisão de 2013 contra a cidade de Nova York por causa de perfis raciais e práticas inconstitucionais de parada e busca da polícia.

'Esse julgamento (nos Estados Unidos) traz esperança, pois coloca em prática medidas para transformar a polícia e um mecanismo de monitoramento', disse ele.

Quanto ao veredicto, Gwénaële Calvès, professora de direito da Universidade de Cergy-Pontoise, disse que ele também enviará uma mensagem mais ampla sobre ações coletivas na França: ''Vá em frente' ou 'Não vale a pena''

Um membro do Conseil d'Etat fará uma recomendação na audiência de sexta-feira e a decisão será tomada nas próximas semanas.

(Reportagem adicional de Daniel Wiessner)

Escrito por Reuters

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ELISABETE FRANÇA REVELA OS PRÓXIMOS PASSOS DO FUTURO URBANO DE SÃO PAULO

Neste fim de semana, São Paulo dá um importante passo na construção de seu futuro urbano com a realização da 8ª Conferência Municipal da Cidade. A iniciativa, que segue diretrizes do Governo Federal, busca reunir propostas da população paulistana para compor a pauta da Conferência Estadual — e, futuramente, da Nacional. Em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1, a secretária municipal de Urbanismo e Licenciamento, Elisabete França, compartilhou detalhes do processo participativo que vem sendo desenvolvido desde o início do ano e também falou sobre o futuro do Jockey Club, um dos pontos mais emblemáticos e disputados da cidade.

Segundo a secretária, a etapa municipal é fruto de um processo democrático e descentralizado, com 15 encontros regionais realizados aos sábados, nos quais foram reunidas mais de 600 propostas populares.

“Achei os encontros regionais riquíssimos, muito bacanas. Fiquei muito feliz, participei de quase todos”, afirmou.

As demandas mais recorrentes? Meio ambiente, habitação, mobilidade e participação popular.

“A população clama por mais áreas verdes, melhor preservação das árvores, mais parques e qualidade do ar.Nesse ponto, neste ano especial da COP30, foi muito importante”, disse a secretária.

Habitação, especialmente para famílias de baixa renda, liderou o volume de propostas. E, na mobilidade, destaque para segurança no transporte público e iluminação nas vias, com foco especial na segurança das mulheres.

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