França quer restringir benefícios a desempregados, diz primeiro-ministro
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PARIS (Reuters) - A França está planejando endurecer regras do mercado de trabalho ao restringir o período em que cidadãos desempregados recebem pagamentos sociais, disse o primeiro-ministro Gabriel Attal nesta quarta-feira.
Explicando os planos do governo para mais reformas, Attal disse à emissora TF1: “Uma das opções é reduzir a duração dos pagamentos”.
Um trabalhador desempregado com 53 anos ou menos atualmente recebe até 18 meses de benefícios, mais seis meses se houver escassez de cargos. A duração se estende para 22,5 meses e 7,5 meses adicionais para trabalhadores entre 53 e 54 anos e 27 meses e 9 meses para os que tiveram mais de 55 anos.
O governo do presidente Emmanuel Macron disse que tentativas anteriores de conter benefícios de seguro-desemprego não foram suficientes e que uma nova investida é necessária para que mais pessoas voltem a trabalhar e para reduzir um déficit orçamentário excessivo do Estado.
Além de reduzir a duração do seguro-desemprego, Attal disse que o governo está considerando endurecer os requisitos para ter direito aos benefícios.
“Atualmente, você tem que ter trabalhado seis meses nos últimos dois anos”, disse. “Podemos imaginar dizer que ou você tem que ter trabalhado mais ou que os seis meses se referem a um período mais curto, não 24 meses, mas, por exemplo, 18 meses”.
“Quero detalhar essa reforma até o verão (do hemisfério norte) para que ela possa entrar em vigor até o outono”, disse.
(Reportagem de Tassilo Hummel)
Escrito por Reuters
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