Francês Breton deixa cargo de comissário na UE e critica von der Leyen
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Por Michel Rose e Foo Yun Chee
PARIS/BRUXELAS (Reuters) - Thierry Breton, da França, renunciou abruptamente à Comissão Europeia nesta segunda-feira e foi substituído pelo ministro das Relações Exteriores, Stéphane Séjourné, como candidato de seu país para o próximo órgão executivo da União Europeia, uma reviravolta inesperada na transição de poder altamente política da UE.
Breton anunciou sua saída em uma declaração com palavras duras, enquanto a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen - a quem ele acusou de 'governança questionável' - se prepara para anunciar esta semana quem fará parte de sua nova equipe para mandato de cinco anos.
Quando a França nomeou Séjourné, um aliado próximo e ex-parlamentar da UE, como seu novo candidato, o gabinete do presidente Emmanuel Macron deixou claro que ele estava competindo por uma pasta-chave centrada na soberania industrial e na competitividade europeia.
Breton, um dos membros de maior destaque da Comissão Europeia nos últimos cinco anos, é mais conhecido por ter discutido publicamente com o bilionário da tecnologia Elon Musk e por ter desempenhado um papel fundamental na formação da regulamentação de Big Tech da UE, sua resposta à vacina contra a Covid e esforços para impulsionar as indústrias de defesa.
Em sua carta de demissão, Breton alegou que von der Leyen, com quem ele se desentendeu, pediu à França 'há alguns dias' que retirasse seu nome como escolha para a Comissão 'por motivos pessoais' em troca de um 'portfólio supostamente mais influente'.
'À luz desses últimos acontecimentos - mais uma prova de governança questionável - tenho que concluir que não posso mais exercer minhas funções no Colégio', disse Breton na carta.
A Reuters não conseguiu verificar a alegação. O gabinete de Von der Leyen se recusou a comentar as afirmações de Breton e sua saída. Um porta-voz da Comissão disse que von der Leyen ainda esperava poder apresentar a nova equipe da Comissão proposta na terça-feira.
Escrito por Reuters
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