FTX obtém aprovação judicial para vender ativos de criptomoedas
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Por Dietrich Knauth
NOVA YORK (Reuters) - A bolsa de criptomoeadas FTX, que decretou falência, recebeu permissão de um tribunal dos Estados Unidos, na quarta-feira, para liquidar ativos de criptomoedas, uma medida que a empresa disse que permitirá reembolsar os clientes em dólares e minimizar os riscos relacionados à volatilidade dos preços nos mercados de criptos.
O juiz de falências dos Estados Unidos John Dorsey aprovou a proposta da FTX em uma audiência judicial em Wilmington, Delaware, permitindo que a empresa venda até 100 milhões de dólares em criptomoedas por semana e celebre acordos de hedge e staking que permitirão minimizar o risco de volatilidade de preços e obtenha renda passiva em ativos mais comuns, como bitcoin e ether.
Durante a audiência, Dorsey rejeitou as preocupações levantadas por dois clientes da FTX que disseram que as vendas poderão causar a queda dos preços das criptomoedas e que a empresa pode não ser proprietária de todas as criptomoedas que mantém em suas contas.
A FTX disse em documentos judiciais que está ciente do risco de que seu esforço para liquidar moedas pode afetar os mercados de criptomoedas.
A FTX disse que contratou a empresa norte-americana Galaxy como consultora de investimentos, em parte para gerenciar o risco de que o 'vazamento de informações' leve a atividades de venda a descoberto e quedas acentuadas no preço de criptoativos.
Dorsey permitiu que a FTX aumente seu ritmo de liquidação para até 200 milhões de dólares por semana, se ambos os comitês de credores concordarem.
A plataforma disse em um processo judicial na segunda-feira que possui 3,4 bilhões de dólares em criptomoedas, incluindo 1,16 bilhão em solana, 560 milhões em bitcoin e 192 milhões em ether.
A FTX entrou com pedido de falência em novembro de 2022, após alegações de que usou indevidamente depósitos de clientes e perdeu bilhões de dólares.
A empresa recuperou mais de 7 bilhões de dólares em ativos para reembolsar os clientes e está buscando recuperações adicionais por meio de ações judiciais contra insiders da FTX e outros réus que receberam dinheiro da FTX antes de sua falência.
Escrito por Reuters
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