Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Galípolo diz que não há bala de prata e questão fiscal precisa de tratamento contínuo

Placeholder - loading - Diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa de entrevista coletiva à imprensa ao lado do atual presidente, Roberto Campos Neto 19/12/2024 REUTERS/Ad
Diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa de entrevista coletiva à imprensa ao lado do atual presidente, Roberto Campos Neto 19/12/2024 REUTERS/Ad

Publicada em  

Atualizada em  

Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) - O diretor de Política Monetária do Banco Central e presidente da autarquia a partir de janeiro, Gabriel Galípolo, disse nesta quinta-feira que não existe uma 'bala de prata' que possa resolver a questão fiscal do país no curto prazo e que, por isso, é necessário tratar do assunto de forma contínua.

Em entrevista coletiva em Brasília, Galípolo afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconhecem que o trabalho para sanear as contas públicas deve permanecer.

'Se você entende o esforço fiscal necessário para estabilizar a relação da dívida sobre PIB, ninguém imaginou que você conseguiria entregar algo que em poucos meses daria conta de apresentar uma bala de prata', disse.

'Se não é possível oferecer uma bala de prata em uma única medida, isso tem que se dar de maneira contínua.'

Para ele, os movimentos de mercado se impõem, mas a avaliação de medidas fiscais depende de um tempo 'legítimo', que é parte do processo democrático.

O governo apresentou ao Congresso Nacional um conjunto de medidas de contenção de gastos, mas o pacote foi considerado insuficiente para estabilizar a dívida pública, gerando turbulência no mercado nas últimas semanas.

As medidas, em análise pelo Congresso nesta semana, a última antes do recesso parlamentar, já foram parcialmente desidratadas durante a tramitação.

O futuro presidente do BC enfatizou que cabe à autarquia analisar como o mercado reage ao quadro fiscal de modo a avaliar o efeito desses movimentos sobre os preços.

Ao lado de Galípolo na entrevista, o atual presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, disse que o mercado teve uma percepção de que o pacote fiscal do governo é insuficiente, acrescentando que não cabe ao BC julgar as medidas.

Campos Neto afirmou que quando o mercado tem uma percepção de falta de credibilidade no fiscal, a autarquia tenta fazer um esforço para ganhar o máximo de credibilidade na política monetária. Para ele, no entanto, o BC não tem capacidade para atuar sozinho.

Em meio a questionamento de agentes do mercado sobre risco de dominância fiscal, quando a política monetária perde eficácia por conta de um descontrole das contas públicas, Campos Neto e Galípolo enfatizaram que ferramentas que o BC tem à disposição estão em funcionamento.

Campos Neto ainda acrescentou que as intervenções da autoridade monetária no câmbio não têm relação com o tema da dominância fiscal, mas apenas com o tratamento de disfuncionalidades de mercado diante de um aumento no fluxo de dólares para fora do país.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

  1. Home
  2. noticias
  3. galipolo diz que nao ha bala …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.