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Gaza chora morte de crianças em ataque israelense

Placeholder - loading - Crianças palestinas em local de desabrigados em Khan Younis, sul de Gaza  9/11/2024   REUTERS/Hatem Khaled
Crianças palestinas em local de desabrigados em Khan Younis, sul de Gaza 9/11/2024 REUTERS/Hatem Khaled

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GAZA (Reuters) - Uma família da Faixa de Gaza chorava neste sábado a morte de crianças em um ataque israelense quando elas estavam se preparando para jogar futebol em meio a um intenso bombardeio que, segundo autoridades palestinas da saúde, matou 44 pessoas nas últimas 24 horas.

O ataque ocorreu em Mawasi, uma região costeira do sul do enclave, onde centenas de milhares de pessoas buscaram abrigo depois de Israel tê-las orientado a deixar regiões onde o país faria bombardeios contra o Hamas.

“O foguete as atingiu. Não havia pessoas procuradas ou que eram alvo ali, e não havia mais ninguém na rua. Apenas as crianças que morreram ontem”, afirmou Mohammed Zanoun, parente das crianças mortas.

Autoridades de saúde palestinas afirmam que a ofensiva israelense sobre a Faixa de Gaza já matou mais de 43.500 pessoas, com mais de 10 mil possivelmente mortas sob escombros de prédios.

Israel lançou sua operação em resposta ao ataque de 7 de outubro de 2023, quando homens do Hamas furaram as defesas judaicas na fronteira e mataram 1.200 pessoas, tomando também 250 reféns, de acordo com contagens de Israel.

Negociações para um cessar-fogo e troca de reféns — mediadas por Estados Unidos, Egito e Catar — tiveram poucos avanços e, neste sábado, uma autoridade catari afirmou que Doha deixará as conversas caso os dois lados não se comprometam totalmente com elas.

A autoridade afirmou que o Catar vai parar de mediar as conversas até que Hamas e Israel “demonstrem vontade sincera de voltar à mesa de negociações”.

Na sexta-feira, uma autoridade norte-americana afirmou que Washington pediu ao Catar que feche o escritório do Hamas em Doha, depois de o grupo rejeitar uma proposta de cessar-fogo.

Sami Abu Zuhri, uma autoridade do Hamas, chamou o fato de “tentativa norte-americana de mandar uma mensagem de pressão ao movimento por meio da imprensa”.

Não está claro como a eleição de Donald Trump para outro mandato como presidente dos Estados Unidos vai afetar a guerra. O conflito se expandiu, e Israel agora também trava embates com o Hezbollah no Líbano. Um ataque israelense sobre Tiro, no sul do país, matou pelo menos sete pessoas neste sábado, segundo autoridades de saúde libanesas.

O Gabinete de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou na sexta-feira que quase 70% das mortes que confirmou na Faixa de Gaza eram de mulheres e crianças. A missão diplomática de Israel em Genebra, onde a entidade tem sede, rejeitou categoricamente esses dados.

Ataques durante a madrugada e neste sábado mataram pelo menos quatro pessoas a leste da Cidade de Gaza — incluindo dois jornalistas —, quatro em Beit Lahiya, duas em uma barraca no hospital Al-Aqsa, em Deir al-Balah, e quatro em uma tenda erguida perto de Khan Younis, disseram médicos.

(Reportagem de Hatem Khaled em Khan Younis, Nidal al-Mughrabi no Cairo, Emily Rose em Jerusalém e Andrew Mills em Doha)

Escrito por Reuters

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