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GM, Ford e Stellantis ficam sob pressão para avanço em negociações com metalúrgicos nos EUA

Placeholder - loading - Manifestantes do sindicato United Auto Workers em greve fora da fábrica de Stellantis, em Toledo, Ohio, EUA 19/09/2023 REUTERS/Rebecca Cook
Manifestantes do sindicato United Auto Workers em greve fora da fábrica de Stellantis, em Toledo, Ohio, EUA 19/09/2023 REUTERS/Rebecca Cook

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Por Hyunjoo Jin

SAN FRANCISCO, Estados Unidos (Reuters) - O sindicato norte-americano de metalúrgicos United Auto Workers (UAW) e as montadoras GM, Ford ,e Stellantis têm nesta quinta-feira um último dia para fazerem progressos significativos na negociação de contratos salariais antes que a entidade trabalhista anuncie uma expansão de greves pelos Estados Unidos.

O impasse está alimentando preocupações sobre uma paralisação prolongada que poderia interromper a produção das três grandes de Detroit, repercutir na cadeia de suprimentos e prejudicar o crescimento econômico dos EUA.

Na semana passada, o UAW lançou greves simultâneas sem precedentes em três importantes fábricas de veículos da General Motors, da Ford e da Stellantis.

Na quarta-feira, a Stellantis juntou-se à GM e à Ford e dispensou alguns funcionários de outras fábricas devido aos efeitos das greves, incluindo escassez de peças, restrições de armazenamento e outros problemas.

O presidente do UAW, Shawn Fain, disse em um vídeo divulgado no final da segunda-feira que anunciaria uma expansão das greves na tarde de sexta-feira, a menos que ocorra um 'progresso sério' nas negociações. 'Não estamos brincando', disse ele na ocasião.

O mercado espera que os trabalhadores vinculados ao UAW façam uma manifestação em uma das duas fábricas da Ford em Louisville, Kentucky, na noite desta quinta-feira, em apoio aos funcionários em greve em outras fábricas.

O presidente-executivo da Ford, Jim Farley, disse anteriormente que a fábrica de picapes de Kentucky, que monta os modelos da série F, é a unidade produtiva mais lucrativa da empresa no mundo.

Analistas esperam que as fábricas que montam picapes de alta margem de lucro, como a F-150, da Ford; a Chevy Silverado, da GM; e a Ram, da Stellantis; sejam os próximos alvos se a paralisação continuar.

Fain afirma que as montadoras de Detroit não compartilharam seus lucros com os trabalhadores, optando por enriquecer executivos e investidores.

Na quarta-feira, o presidente da GM, Mark Reuss, rejeitou as alegações do sindicato de que os lucros recordes das montadoras são destinados a alimentar a 'ganância corporativa', dizendo que eles foram reinvestidos em veículos elétricos e também em carros movidos a gasolina.

No artigo de opinião publicado no Detroit Free Press, Reuss também chamou de 'insustentáveis' as exigências do UAW de um aumento salarial de 40%, sinalizando que os dois lados permanecem distantes. As três montadoras propuseram aumentos de 20% em um período de quatro anos e meio.

Os trabalhadores do UAW também querem acabar com uma estrutura salarial escalonada que, segundo eles, criou uma grande diferença entre os funcionários mais novos e os mais velhos, forçando alguns a trabalhar em dois empregos para sobreviver.

A S&P disse que é altamente provável que as greves durem várias semanas, podendo reduzir o produto interno bruto dos EUA no terceiro trimestre em 0,39% e causar 'transtornos' nas cadeias de suprimentos automotivas globais.

Escrito por Reuters

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