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Governo baixa a temperatura e irá segurar Pazuello na Saúde, por ora

Placeholder - loading - Ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello 09/06/2020 REUTERS/Adriano Machado
Ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello 09/06/2020 REUTERS/Adriano Machado
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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - Depois de alguns dias com o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, em processo de fritura, a ordem no governo foi de baixar a temperatura e deixar claro que, apesar das críticas e do apetite de aliados pela vaga, o general fica no lugar, pelo menos por enquanto, segundo fontes ouvidas pela Reuters.

O primeiro sinal veio pelas redes sociais do próprio presidente Jair Bolsonaro, em que ele enumera os feitos do ministro e o chama de 'predestinado', que 'sempre está no lugar certo para servir sua pátria.'

Bolsonaro não disse que fica ou sai, mas três fontes disseram à Reuters que não está nos planos do governo trocar o comandante da Saúde agora.

'O ministro fica. Esse movimento terminou por fortalecê-lo. Você sabe como o presidente é. Quando atacam os amigos dele, aí que ele se agarra mais. Isso acaba fortalecendo o ministro', disse um parlamentar que acompanha de perto as movimentações do Planalto.

Uma fonte palaciana confirma que não deve haver alterações, pelo menos por enquanto. Dentro do governo, a avaliação é que o general está fazendo 'um excelente trabalho' e as críticas do ministro do Supremo Tribunal Gilmar Mendes não abalaram essa impressão.

'Há sim um descontentamento com o fato do militar da ativa que está no governo, e isso não é apenas com Pazuello. Havia com o ministro (Luiz Eduardo) Ramos, existe com o almirante Flávio Rocha (Secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência) e existe com Pazuello. Gera desconforto, mas não uma crítica ao trabalho', explicou uma fonte palaciana.

No último fim de semana, o ministro Gilmar Mendes disse que o Exército está se associando a um genocídio com o comando interino do Ministério da Saúde.

Para acalmar os ânimos e baixar a temperatura da crise, Pazuello e Gilmar Mendes conversaram nesta quarta-feira. De acordo com uma fonte, o general se ofereceu para dar ao ministro do STF todas as informações para que pudesse ter uma 'opinião correta' sobre a epidemia e o trabalho do ministério, em uma conversa cordial, mas sem pedidos de desculpas.

A saída do general e de sua equipe de militares do ministério, no entanto, não está descartada. Não porque Bolsonaro queira demiti-lo, mas porque a própria permanência do general nunca foi tratada por ele mesmo como permanente.

'Ele sempre disse que aceitou para uma missão, em tese de 90 dias, que era até a epidemia de coronavírus se estabilizar. Não mudou nada', disse uma fonte com conhecimento do assunto.

O tempo para estabilização da epidemia pode ter se estendido, como a 'missão' do ministro, mas ele já havia dado, desde o início, o limite de agosto para sua permanência no ministério. General ainda de três estrelas e com dois anos ainda antes de ter que ir para reserva, Pazuello não tem a intenção de se aposentar mais cedo para assumir efetivamente o ministério, disseram à Reuters duas fontes do governo.

O general também não planeja pedir uma licença do Exército para permanecer por muito mais tempo no cargo. Se o fizesse, não só teria a pressão de ser mais um militar da ativa no governo, o que hoje desagrada às Forças Armadas, como ainda interromperia sua carreira, dificultando promoções que ainda podem vir.

'O plano dele nunca foi ficar no ministério. Ele quer voltar para o Exército', disse uma fonte.

A fonte palaciana explica que dificilmente o general deixará o cargo até o final deste mês, como chegou a se aventar em meio à fervura desta semana.

'Em agosto, é possível. Se resolveu a questão da Educação, a epidemia se estabiliza, é possível encontrar um novo nome com calma', disse essa fonte.

Pazuello entrou no ministério como secretário-executivo na segunda quinzena de abril, após a nomeação de Nelson Teich para comandar o ministério. No dia 15 de maio, com a demissão do ministro, assumiu como interino. O que deveria durar poucos dias, acabou se estendendo pela própria dificuldade do governo em encontrar um nome técnico e que aceitasse as exigências de Bolsonaro, como adotar o uso de cloroquina nas fases iniciais da contaminação pelo novo coronavírus.

Com um orçamento de 162,65 bilhões de reais, de acordo com o Portal da Transparência, o Ministério da Saúde aguça o apetite do centrão, os novos aliados de Bolsonaro. No entanto, o presidente ainda tem resistido a entregar cargos de primeiro escalão aos partidos.

Na avaliação de um parlamentar, há uma 'incoveniência política' na troca do comando da saúde, no momento. Fragilizaria muito o governo, na avaliação desse deputado, integrante do chamado centrão, que aposta em uma prolongação da estadia do ministro no posto.

Ainda assim, como lembrado pelo vice-presidente Hamilton Mourão em entrevista nesta quarta, Pazuello assumiu o posto na condição de interino e a análise de nomes para substituí-lo deve começar em breve.

'Ele vai completar dois meses na função, acredito que mais um mês, agosto, ali, ou quando o presidente retornar da sua quarentena, ele vai começar a examinar outros nomes de modo a terminar a interinidade do Pazuello e aí assegura o retorno dele à Força', disse Mourão.

(Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello)

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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