Governo de SP dá início à contratação de assessores para privatização da Emae
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SÃO PAULO (Reuters) - O governo de São Paulo deu início nesta sexta-feira à contratação de assessores para a privatização da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), o último ativo do setor elétrico sob controle do Estado paulista.
Segundo o aviso de licitação publicado no Diário Oficial, a contratação dos assessores para avaliar e estruturar a operação vai se dar por pregão eletrônico, no critério menor preço, com sessão pública marcada para 21 de março às 10h.
A Emae detém e opera um sistema hidráulico e gerador de energia que se estende do município de Salto até a Baixada Santista, passando pela região metropolitana de São Paulo. Seu principal ativo é a usina hidrelétrica de Henry Borden, com 889 megawatts (MW) de potência.
Seu portfólio inclui mais três hidrelétricas de menor porte, que junto com Henry Borden somam 960,8 MW, e uma termelétrica de 190 MW arrendada para a Baixada Santista Energia (BSE), subsidiária integral da Petrobras.
A estatal administra ainda um sistema de barragens, reservatórios (Billings e Guarapiranga) e usinas elevatórias que visa o aproveitamento racional dos usos múltiplos da água, como para geração de energia, controle de cheias e fornecimento para o abastecimento público, a pesca e o lazer.
O Estado de São Paulo detém 97,6% das ações ordinárias da Emae, ou 39,0% do capital total. Outro acionista importante é a Eletrobras, com 64,8% das ações preferenciais da empresa, e também 39% do capital total.
O governador paulista, Tarcísio de Freitas, tem falado publicamente que a privatização da elétrica deverá ser uma das primeiras de seu mandato, que também poderá repassar à iniciativa privada o controle de ativos como a Sabesp.
Durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, Freitas apresentou o projeto de privatização da Emae ao vice-presidente da State Grid Corporation of China, Pan Jingdong. A State Grid é controladora da CPFL Energia, elétrica que foi privatizada pelo Estado de São Paulo no final da década de 1990.
(Por Letícia Fucuchima)
Escrito por Reuters
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