Governo do DF fecha Esplanada dos Ministérios e proíbe manifestações no local
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Por Pedro Fonseca
(Reuters) - O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), fechou a Esplanada dos Ministérios para carros e pedestres neste domingo, impedindo a realização de protestos em um local onde apoiadores do presidente Jair Bolsonaro tradicionalmente se reúnem aos domingos para manifestar apoio ao governo e atacar os demais Poderes.
A decisão foi tomada por decreto publicado na noite de sábado depois que um grupo de apoiadores de Bolsonaro subiu na parte externa do prédio do Congresso Nacional e tentou invadir áreas restritas, após ser expulso mais cedo pela polícia do DF de um acampamento na Esplanada.
O acampamento era do grupo 'Os 300 do Brasil', de inspiração paramilitar, que se autodenomina como movimento de militância bolsonarista.
Na noite de sábado, apoiadores do presidente também protestaram em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) e lançaram fogos de artifício em frente ao local.
'O fechamento leva em consideração as aglomerações verificadas na Esplanada nos últimos dias. Manifestações que contrariam as normas sanitárias de combate ao novo coronavírus. O governo também está atento às ameaças declaradas, por alguns manifestantes, aos Poderes constituídos', disse o governo do DF em nota sobre o decreto. O trânsito de veículos e pedestres foi 'proibido entre 00h e 23h59 deste domingo', segundo a medida.
Apoiadores de Bolsonaro têm realizado protestos semanalmente aos domingos na Esplanada com pedidos de fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). O próprio presidente costuma comparecer aos atos em frente ao Palácio do Planalto para cumprimentar os manifestantes.
Com o fechamento da Esplanada neste domingo, apoiadores do presidente se reuniram em outros pontos da capital federal, incluindo próximo ao quartel-general do Exército, de acordo com imagens exibidas ao vivo pela CNN Brasil.
O decreto do governo do DF acrescentou que manifestações na Esplanada dos Ministérios serão admitidas desde que comunicadas com antecedência e autorizada pela Secretaria de Segurança.
Escrito por Reuters
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