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Leilão do pré-sal frustra por atrair apenas Petrobras e chinesas, mas levanta R$70 bi

Placeholder - loading - Leilão de excedentes da cessão onerosa, no Rio de Janeiro  06/11/2019 REUTERS/Pilar Olivares
Leilão de excedentes da cessão onerosa, no Rio de Janeiro 06/11/2019 REUTERS/Pilar Olivares
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Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O governo brasileiro negociou nesta quarta-feira duas áreas do excedente da cessão onerosa por cerca de 70 bilhões de reais, no que foi considerado por autoridades como o maior certame petrolífero da história, mas classificado como frustrante por alguns representantes do mercado devido à baixa participação de petroleiras estrangeiras.

A licitação, que poderia gerar cerca de 106,6 bilhões de reais em bônus se as quatro áreas do pré-sal tivessem sido vendidas, ficou concentrada em lances da Petrobras e de duas empresas chinesas.

A Petrobras arrematou dois blocos, incluindo o mais desejado e caro do leilão, Búzios, fazendo oferta de 61,38 bilhões de reais para ter 90% de participação nessa área --as chinesas CNODC e CNOOC ficaram com o restante, com 5% cada.

A estatal ainda levou sozinha Itapu, com bônus de 1,77 bilhão de reais pago à União pelo bloco.

Mesmo com o investimento elevado, a Petrobras fechará o ano sem elevação de dívida, uma vez que utilizará caixa, disse o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, que comemorou o resultado ao citar que a empresa tem como foco a exploração do pré-sal, altamente produtivo.

'Não haverá um dólar de aumento de dívida e continuaremos a executar nossa estratégia que inclui como parte importante a gestão ativa de portfólio, disciplina na alocação de capital', declarou ele.

O resultado do leilão foi considerado positivo pelo governo, uma vez que pode contribuir para redução do déficit para até 82 bilhões de reais em 2019.

Além disso, a licitação tinha complexidades, por envolver áreas em que a Petrobras já tem operação, pelo contrato original da cessão onerosa, na avaliação do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone.

'O leilão foi um sucesso, o maior já realizado, levantou o maior bônus para um leilão dessa natureza no mundo e principalmente foi possível destravar um conjunto de investimentos', afirmou Oddone.

Segundo ele, as expectativas agora se voltam para o leilão de quinta-feira, quando cinco áreas do pré-sal serão leiloadas, sob regime de partilha, em uma licitação considerada como convencional, por ofertar áreas que pertencem apenas à União e sem atividades exploratórias.

Diante do lance agressivo por Búzios, com 90% de participação no consórcio, a ação da Petrobras chegou a cair mais de 5%, mas operava em baixa de 1% por volta das 16h.

As áreas ofertadas já são operadas pela Petrobras, sendo que Búzios entrou em operação no ano passado. As vencedoras do leilão teriam que ressarcir a petroleira por investimentos já realizados no passado. Autoridades reconheceram que essa questão limitou o interesse no certame.

'DESASTRE'

'Total desastre é a melhor forma de descrever a rodada desta manhã. Nenhuma grande petroleira participar é uma falha flagrante para a ANP, enquanto o governo perdeu 9 bilhões de dólares em bônus de assinatura', disse o chefe da consultoria Welligence, Ivan Cima, em nota a clientes.

Segundo Cima, em geral, a rodada foi 'condenada' por altos bônus de assinatura, necessidade de reembolsos excessivamente complexos e não transparentes para a Petrobras.

A Shell, maior produtora no pré-sal após a Petrobras, decidiu ficar fora do leilão devido ao elevado custo do bônus de assinatura.

'Vários motivos para (não entrar)... são ofertas caras para os blocos, e o fato de a companhia ter disciplina de capital muito forte, não tínhamos como passar esses projetos este ano', explicou o presidente da Shell no Brasil, André Araújo, a jornalistas.

Já André Perfeito, economista-chefe da corretora Necton, destacou ser possível dizer que o leilão da cessão onerosa deixou muito a desejar por falta de demanda de estrangeiros pelos campos em disputa.

Segundo ele, o fato de duas áreas (Sépia e Atapu) não terem tido nenhuma proposta deixou um 'gosto amargo' entre os investidores, 'sem contar que não houve ágio algum sobre as propostas mínimas obrigatórias'.

Por Búzios, onde a estatal já opera, a Petrobras e suas parceiras fizeram a oferta mínima de 23,24% de excedente em óleo à União, informou a ANP, que organiza o certame.

Não houve outra oferta pelo bloco, arrematado por um total de 68,2 bilhões de reais em bônus de assinatura à União, considerando o valor que será pago juntamente com as duas chinesas.

O campo de Búzios já está em produção pela Petrobras, que tem o direito de explorar até 3,15 bilhões de barris de óleo equivalente no ativo, volume já declarado comercial pela petroleira, a partir do contrato original da cessão onerosa.

Os volumes excedentes do ativo, no entanto, poderão ser explorados pelo consórcio vencedor.

A Petrobras ainda arrematou sozinha nesta quarta-feira o bloco Itapu, no mesmo leilão, com a oferta de 18,15% de excedente em óleo à União.

O campo de Itapu já foi declarado comercial pela Petrobras, que tem o direito de explorar até 350 milhões de barris de óleo equivalente no ativo, a partir do contrato original da cessão onerosa.

Para o analista Régis Cardoso, do Credit Suisse, o resultado foi positivo para a Petrobras, considerando que a estatal levou Búzios com o mínimo de oferta de óleo à União.

Já os blocos Sépia e Atapu, na Bacia de Santos, não receberam ofertas na rodada. Ambos tinham um bônus de assinatura somados de cerca de 36,6 bilhões de reais.

(Com reportagem adicional de Mariana Parraga, Gram Slattery, Roberto Samora, no Rio de Janeiro, e Paula Arend Laier, em São Paulo)

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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