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Governo planeja incluir baterias em leilões do setor elétrico no início de 2024

Placeholder - loading - Um painel fotovoltaico é visto próximo a um sistema de memória de bateria solar em Bad Staffelstein 5/03/2013 REUTERS/Michaela Rehle
Um painel fotovoltaico é visto próximo a um sistema de memória de bateria solar em Bad Staffelstein 5/03/2013 REUTERS/Michaela Rehle
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Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - O governo quer começar a integrar baterias e outras soluções de armazenamento de energia ao sistema elétrico brasileiro e deve propor que essas tecnologias disputem dois leilões previstos para o início de 2024, um para contratar potência e outro para descarbonizar a matriz elétrica da Amazônia, disse à Reuters um secretário do Ministério de Minas e Energia.

Os certames representariam uma importante oportunidade de desenvolver um mercado hoje incipiente no Brasil, onde as baterias têm uso restrito e associado principalmente a um 'backup' na ponta do consumidor de energia.

No caso da Amazônia, a proposta de agregar baterias e geração renovável tem benefícios não só de ordem ambiental, ao substituir o uso de geradores a diesel, caros e poluentes, mas também econômicos, reduzindo custos bilionários hoje compartilhados por todos os consumidores do país.

As baterias, que poderiam armazenar energia de fontes intermitentes como a eólica e solar em forte crescimento no Brasil, devem entrar no sistema em momento em que a operação da rede elétrica no país se torna mais complexa e passa a exigir mais flexibilidade dos agentes.

'A gente está passando por uma transformação acelerada da matriz energética, do sistema de transmissão, estamos com essa fronteira da descarbonização dos sistemas isolados, então a gente está vendo várias oportunidades para o armazenamento', disse Thiago Barral, secretário de Transição Energética e Sustentabilidade do ministério, em conversa com a Reuters.

As primeiras grandes oportunidades para esse mercado devem vir em 2024, com diferentes leilões do governo previstos para o primeiro semestre, com destaque para o de potência.

O leilão de potência funciona como uma espécie de contratação de segurança no fornecimento de energia elétrica, no qual empreendimentos de geração podem oferecer sua capacidade para atender momentos de pico do sistema. No primeiro certame, realizado em 2021, apenas termelétricas puderam participar.

'O sistema está mudando e a demanda de potência -- que é aquele atendimento nas horas mais críticas, naquelas poucas horas em que dá um pico de demanda e uma baixa de geração -- aí o armazenamento pode vir a cumprir um papel cada vez mais relevante'.

O ministério ainda está avaliando como o produto 'armazenamento' irá ser incluído no leilão. Uma das ideias é que as baterias sejam combinadas com usinas renováveis, que as abasteceriam com energia. Outra opção seria contratar uma bateria 'sozinha', com a forma de carregamento ficando a cargo do operador do equipamento.

Barral lembrou ainda que mais soluções de armazenamento estão em estudo, como expansão de capacidade de hidrelétricas existentes e até hidrelétricas reversíveis.

'As termelétricas são efetivamente, digamos assim, a solução mais evidente para atendimento da demanda de potência, mas a gente está calibrando justamente como é que a gente pode criar um espaço para também experimentar a competitividade e ajudar a revelar o preço dessas soluções.'

Ainda não há data para lançamento da consulta pública sobre o certame, mas ela deverá ser aberta ainda neste ano.

Barral não comentou quanta potência poderá ser contratada no certame, uma vez que essa é uma informação estratégica e que permanece sigilosa até o leilão. Em 2021, foram contratados 4,6 GW, apenas de termelétricas.

COMUNIDADES DA AMAZÔNIA

As baterias associadas a fontes de geração renováveis também se mostram uma combinação atrativa para descarbonizar comunidades isoladas da Amazônia que não recebem eletricidade do Sistema Interligado Nacional (SIN) e que dependem de geração local a diesel, cara e poluente.

Já existem alguns projetos do tipo em andamento que agregam baterias e usinas solares, como a Vila Restauração, da Energisa, que atende 200 famílias no Acre, mas o novo plano de descarbonização do governo pode acelerar a adoção dessas soluções.

'Nos sistemas isolados, até pelo alto custo (da geração a diesel), a gente já vê uma atratividade bastante relevante para esse tipo de aplicação (fontes renováveis associadas a baterias).'

O Brasil tem cerca de 250 localidades isoladas, a maior parte na região Norte, e estima-se que 80% ainda seja atendida por geração a diesel. O combustível fóssil é subsidiado pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), custeada por todos os consumidores na conta de luz, e que neste ano atingiu orçamento de 12 bilhões de reais.

Barral afirmou que os detalhes do próximo leilão de sistemas isolados ainda estão sendo finalizados, e lembrou que o governo pode adotar ainda outras alternativas para atender as comunidades a depender de sua localização, como conectá-las à rede nacional de transmissão ou fazer subrogação da CCC para que o atuais geradores a diesel utilizem esses recursos em investimentos em baterias.

Uma terceira oportunidade para as baterias, não associada aos leilões já previstos, está na aplicação para redes de transmissão e distribuição, atendendo requisitos de potência por algumas horas.

Em alguns casos, essa é uma alternativa economicamente atrativa para 'economizar' expansão dessas redes, apontou Barral, lembrando que o Brasil já tem um projeto implantado pela ISA Cteep que usa baterias para equilibrar momentos de pico de carga no litoral paulista.

(Por Letícia Fucuchima)

Escrito por Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

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