Governo pode liberar recursos do FGTS para ajuda em Brumadinho, diz Bolsonaro
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(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado que o governo federal pode liberar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para ajuda em Brumadinho, após o rompimento de uma barragem da mineradora Vale atingir a pequena cidade mineira, deixando um rastro de destruição e centenas de desaparecidos.
'Via Secretaria de Defesa Civil temos recursos para ajudar em havendo a solicitação. Também a questão do Fundo de Garantia podemos liberar', disse ele em rápido pronunciamento em Belo Horizonte.
No Twitter, o presidente também afirmou que o governo de Israel ajudará o país na busca por desaparecidos.
'Por telefone o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nos ofereceu ajuda para a busca de desaparecidos no desastre de Brumadinho (MG). Aceitamos e agradecemos mais essa tecnologia israelense a serviço da humanidade', escreveu ele.
Pouco depois de visitar a região nesta manhã, Bolsonaro ressaltou que o governo fará o que estiver a seu alcance para apurar o acidente.
'Difícil ficar diante de todo esse cenário e não se emocionar. Faremos o que estiver ao nosso alcance para atender as vítimas, minimizar danos, apurar os fatos, cobrar justiça e prevenir novas tragédias como a de Mariana e Brumadinho, para o bem dos brasileiros e do meio ambiente', tuitou.
Na chegada ao Palácio do Alvorada, em Brasília, Bolsonaro afirmou que o trabalho daqui para frente será concentrado na busca por desaparecidos, mas reconheceu que o número de mortos ainda pode subir muito.
Questionado se era preciso uma maior fiscalização, o presidente disse, encerrando a rápida entrevista: 'Tudo é importante, né?'
A tragédia na região já deixou 11 mortos, cujos corpos foram retirados do local. Cerca de 300 pessoas seguem desaparecidas.
O acidente ocorreu pouco mais de três anos depois da barragem Fundão, da Samarco, joint venture da Vale e da BHP Billiton, ter se rompido em Mariana (MG), matando 19 pessoas e causando o pior desastre ambiental do Brasil.
(Por Ricardo Brito e Marcela Ayres em Brasília)
Escrito por Thomson Reuters
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