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Governo tenta ofensiva diplomática para reverter imagem de destruição da Amazônia

Placeholder - loading - Colunas de fumaça durante incêndio na Floresta Amazônica perto de Porto Velho 21/08/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
Colunas de fumaça durante incêndio na Floresta Amazônica perto de Porto Velho 21/08/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - Acossado por reações negativas no mundo inteiro pelo desmatamento crescente e as queimadas na Amazônia, o governo brasileiro começou uma ofensiva diplomática para tentar mostrar ao mundo que defende a Amazônia e distribuiu uma circular de 12 páginas para todos os postos diplomáticas como subsídios para a defesa do governo.

Os 59 pontos da circular a que a Reuters teve acesso tentam responder cada um dos pontos sobre questões em que o Brasil tem sido criticado no exterior, mas usam políticas e dados de governos anteriores --inclusive algumas hoje criticadas pelo presidente Jair Bolsonaro.

Ao tratar do desmatamento, que dados iniciais mostram que vem crescendo em taxas aceleradas este ano, o documento enviado pelo Itamaraty a seus postos diz que a taxa foi reduzida em 72% entre 2004 --quando atingiu o maior pico desde a metade da década de 1990, com 27,7 mil quilômetros quadrados desmatados-- e 2018, onde 7,9 mil km2 de floresta foram derrubados.

No entanto, deixa de lado o fato de que desde 2012 a taxa voltou a subir, com a crise fiscal e a queda nas atividades de fiscalização por falta de recursos.

'É importante ter em mente que nas últimas décadas o Brasil desenvolveu capacidade de conciliar produção agropecuária com preservação. Mais de 60% do território brasileiro é coberto por vegetação nativa, com atividades agropecuárias limitadas a cerca de 30% do território' diz o texto enviado aos postos.

A limitação ao uso da terra e o fato de 60% do território nacional ser composto de reservas ambientais de diversos tipos e terras indígenas é uma das grandes críticas do presidente à política ambiental adotada por seus antecessores.

Bolsonaro afirma que o país está 'amarrado' e lembra sempre que votou contra a criação da reserva Yanomâmi, que seria 'maior que o Estado do Rio de Janeiro'.

O texto ainda destaca justamente as terras indígenas, mais de 60 reservas que seriam 'as maiores áreas de preservação de vegetação nativa do Brasil', mas que são alvos de algumas das maiores críticas de Bolsonaro. Desde a campanha eleitoral o presidente promete que não irá aprovar nem mais uma reserva, e defende a abertura das terras para exploração de minérios.

'O país tem atuado intensamente no controle e na restrição a atividades irregulares com envolvimento de grileiros, madereiros e garimpeiros, de modo a reduzir índices de desmatamento e invasão a terras indígenas', diz a circular.

Um projeto que regulariza o garimpo nas terras indígenas está em estudo pelo Ministério de Minas e Energia a pedido de Bolsonaro.

O texto ainda defende a ação do Brasil dentro do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, o mesmo que, segundo Bolsonaro, 'se fosse bom os Estados Unidos não tinham saído.'

A circular diz ainda que críticos tentam associar o Brasil à destruição do Meio Ambiente para obrigar o país a aceitar compromissos maiores em acordos internacionais.

'Há, da mesma forma, grande interesse de competidores internacionais do agronegócio brasileiro em divulgar imagem negativa da produção agrícola nacional', diz o texto que pretende subsidiar a defesa que os diplomatas farão do país.

Diplomatas ouvidos pela Reuters contam que nos últimos dias tem aumentado a pressão sobre o tema ambiental e, inclusive, mensagens duras tem sido enviadas às embaixadas. Em meio à crise mais recente, com as imagens das queimadas na Amazônia ganhando o mundo, o governo começa a tentar reagir.

Nesta quinta, começou a discutir uma campanha internacional para ser divulgada na Europa e nos EUA em defesa do agronegócio.

O próprio Itamaraty colocou em sua conta no Twiiter, na noite de quarta-feira, uma série de publicações em defesa das políticas públicas ambientais brasileiras.

'Quem vai salvar a Amazônia? O Brasil', diz o texto que desfila alguns dados positivos sobre produção de energia limpa, uso da terra e outro números que constam da mesma circular.

Várias embaixadas brasileiras no exterior, orientadas pelo ministério, replicaram o mesmo material.

Em sua conta no Twitter, o assessor especial da Presidência Filipe Martins, fez uma sequência de 10 textos em que, usando tom irônico em inglês, defendeu o governo.

'Então você realmente pensa que a Amazônia está em perigo e deveria rezar para salvá-la? Primeiro um conselho: a primeira coisa que você deveria fazer era parar de espalhar mentiras', escreveu no primeiro.

A sequência de mensagens foi compartilhada pelo presidente em suas redes sociais.

Escrito por Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

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