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Grupo climático de gestores de ativos suspende atividades após saída da BlackRock

Placeholder - loading - Logo da BlackRock na Bolsa de Valores de Nova York 21/07/2022 REUTERS/Brendan McDermid
Logo da BlackRock na Bolsa de Valores de Nova York 21/07/2022 REUTERS/Brendan McDermid
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Por Simon Jessop e Ross Kerber

LONDRES/BOSTON (Reuters) - Uma coalizão com o objetivo de alinhar o setor de gestão de ativos com as metas climáticas globais informou que está suspendendo suas atividades nesta segunda-feira, dias após a saída da BlackRock, o maior gestor de ativos do mundo, em meio a uma reação política nos Estados Unidos.

A medida levantou preocupações de que as empresas reduzirão seus esforços em relação às mudanças climáticas, mesmo após o ano mais quente já registrado da história em 2024, mas poderia fornecer aos organizadores mais tempo para analisar quais ações ainda podem ser aceitáveis para as empresas dos EUA.

A BlackRock, que administra cerca de 11,5 trilhões em ativos de dólares, deixou a iniciativa Net-Zero Asset Managers (NZAM) em 9 de janeiro, alegando confusão em relação a seus esforços climáticos e questionamentos legais por parte de autoridades públicas.

A medida foi tomada após meses de pressão crescente de alguns políticos republicanos sobre sua posição em relação ao investimento em empresas de combustíveis fósseis, com a preocupação de que essa pressão possa aumentar com o retorno do presidente eleito Donald Trump à Casa Branca.

O grupo contava com mais de 325 signatários que administravam mais de 57,5 trilhões de dólares em ativos como membros, de acordo com seu site na semana passada, antes da saída da BlackRock.

Em uma carta a seus membros, divulgada pela Reuters, os grupos que ajudam a administrar a NZAM disseram que decidiram realizar uma revisão de suas atividades.

'Os recentes acontecimentos nos EUA e as diferentes expectativas regulatórias e dos clientes nas respectivas jurisdições dos investidores fizeram com que a NZAM lançasse uma revisão da iniciativa para garantir que permaneça adequada ao seu propósito no novo contexto global.'

'Como a iniciativa está passando por essa revisão, ela está suspendendo as atividades de acompanhamento da implementação e dos relatórios dos signatários. A NZAM também removerá de seu site a declaração de compromisso e a lista de signatários, bem como suas metas e estudos de caso relacionados, enquanto aguarda o resultado da revisão.'

A NZAM foi criada em 2020, quando executivos e investidores ficaram entusiasmados com a solução das mudanças climáticas, sentimentos que têm desaparecido. Ainda assim, as mudanças da iniciativa poderiam evitar o tipo de fuga dos gestores que diminuiu a influência de outro grupo climático de investidores, o Climate Action 100+, no ano passado.

Escrito por Reuters

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Placeholder - loading - Imagem da notícia DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

Em 2025, a preocupação com o uso não autorizado da inteligência artificial (IA) para treinar modelos baseados em obras protegidas por direitos autorais tomou o centro do debate cultural. Um movimento liderado por mais de 400 artistas britânicos, entre eles Dua Lipa, Elton John, Paul McCartney, Coldplay, Kate Bush e Ian McKellen, exigiu que o governo do Reino Unido reformule suas legislações de proteção intelectual.

A carta aberta enviada ao primeiro-ministro britânico Keir Starmer representa uma ofensiva histórica por maior transparência e regulamentação no uso de conteúdos criativos pela IA, especialmente por grandes empresas de tecnologia.

“Estamos profundamente preocupados com a ameaça existencial que a IA não regulada representa para a música, o cinema e todas as formas de arte criativa” — afirma o trecho principal do documento divulgado em maio.

A polêmica do treinamento de IA com obras protegidas

Os artistas pedem transparência quanto aos materiais utilizados no treinamento de sistemas de IA, como músicas, roteiros, livros e performances, muitos deles com copyright. A carta apoia uma emenda ao projeto Data (Use and Access) Bill, proposta pela baronesa Beeban Kidron, que obrigaria as empresas a revelarem as obras utilizadas para treinar IA.

“A criatividade humana precisa de proteção, não apenas para os grandes nomes, mas para todos os que vivem de sua arte” — destacou a baronesa Kidron ao Financial Times.

Protestos silenciosos e decisões legais reforçam a pressão

A mobilização ganhou ainda mais força com o lançamento do álbum de protesto “Is This What We Want?”, composto por faixas silenciosas de mais de 1.000 músicos britânicos. A ideia foi criar uma metáfora sobre a apropriação indevida do silêncio e protestar contra a coleta de dados criativos sem consentimento.

Nos Estados Unidos, o Escritório de Direitos Autorais (U.S. Copyright Office) estabeleceu que obras geradas inteiramente por IA não podem ser protegidas por copyright, a menos que envolvam participação humana substancial.

“A autoria humana continua sendo o pilar do direito autoral” — afirmou Shira Perlmutter, ex-chefe do Copyright Office dos EUA, em nota oficial.

Além disso, em março de 2025, um tribunal federal dos EUA reafirmou essa diretriz, negando a proteção de direitos a imagens criadas exclusivamente por IA.

Elton John e Paul McCartney se posicionam

A mobilização não tem sido silenciosa nos bastidores. Elton John declarou ao The Guardian:

“É inaceitável que as empresas de tecnologia explorem nossa música sem sequer pedir permissão. Estamos falando da essência do nosso trabalho.”

Paul McCartney, por sua vez, lembrou dos impactos emocionais da música:

“A arte não é apenas dados, é emoção. Não podemos permitir que algoritmos substituam histórias de vida.”

A arte pede socorro

A batalha por regulamentação justa da inteligência artificial na indústria criativa está apenas começando, mas já demonstra que os artistas não aceitarão passivamente que suas obras sejam usadas sem compensação ou consentimento.

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