Grupo de extrema-direita da UE expulsa partido alemão após comentário sobre SS
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BRUXELAS (Reuters) - O grupo de extrema-direita do Parlamento Europeu Identidade e Democracia (ID) expulsou nesta quinta-feira a delegação do partido Alternativa para a Alemanha (AfD, em alemão), menos de um mês antes das eleições para a Casa.
A decisão foi tomada após Maximilian Krah, principal candidato da AfD no pleito, dizer a um jornal italiano no fim de semana que na SS nazista 'não eram todos criminosos'.
'O ID não quer mais ser associado aos incidentes envolvendo Maximilian Krah, líder da lista da AfD para as eleições europeias', disse o grupo em comunicado.
Esse é o mais recente golpe para a Alternativa para a Alemanha (AfD) em um caótico período de poucos meses. A líder francesa de extrema-direita Marine Le Pen retirou seu apoio ao partido nesta semana por considerá-lo um parceiro tóxico demais.
Os partidos de extrema-direita no Parlamento Europeu estão atualmente divididos entre os Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), que têm como líder a primeira-ministra da Itália, Georgia Meloni, e o ID, liderado por Marine Le Pen.
As pesquisas de opinião sugerem que os partidos nacionalistas e eurocéticos conquistarão um número recorde de votos nas eleições.
Os co-líderes da AfD, Alice Weidel e Tino Chrupalla, disseram em comunicado que tomaram nota da decisão do ID, mas estavam otimistas em relação ao pleito.
'Estamos confiantes de que continuaremos a ter parceiros confiáveis ao nosso lado no novo período legislativo', disseram eles.
Embora ainda esteja em segundo ou terceiro lugar na maioria das pesquisas nacionais, a AfD viu seu apoio cair cerca de oito pontos percentuais neste ano, atingido por decisões judiciais adversas, preocupações sobre seus vínculos com a China e a Rússia e revelações de que membros do alto escalão do partido haviam participado de discussões sobre a deportação de alemães não étnicos.
Krah teve de se demitir do conselho de liderança da AfD e prometeu não fazer mais nenhuma aparição na campanha do partido após seu comentário sobre a SS, embora ainda seja um candidato nas eleições.
(Por Philip Blenkinsop e Benoit Van Overstraeten; Reportagem adicional de Andreas Rinke)
Escrito por Reuters
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