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Grupos indígenas lamentam aparente recuo de Lula sobre ministério

Placeholder - loading - Lula ao lado de líderes indígenas na COP27 em Sharm el-Sheik, no Egito 17/11/2022 REUTERS/Mohammed Salem
Lula ao lado de líderes indígenas na COP27 em Sharm el-Sheik, no Egito 17/11/2022 REUTERS/Mohammed Salem
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Por Anthony Boadle

BRASÍLIA (Reuters) - Líderes indígenas manifestaram desapontamento nesta segunda-feira depois que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva pareceu voltar atrás na promessa de criar um ministério de assuntos indígenas para ajudar a restaurar direitos e proteções que foram prejudicados pelo atual governo.

Lula disse na sexta-feira que poderia decidir por uma secretaria especial vinculada à Presidência, em vez de um ministério de pleno direito, o que desapontou os líderes indígenas que foram pegos de surpresa por seus comentários.

“Foi uma proposta de campanha do Lula e ainda estamos trabalhando na construção de um Ministério dos Povos Originários”, disse Dinamam Tuxá, advogado do maior grupo indígena do país, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

Sonia Guajajara, líder da Apib que em outubro se tornou apenas a terceira indígena eleita para o Congresso, disse que um grupo de trabalho da equipe de transição de Lula apresentará uma proposta para o ministério na próxima semana, mas ela não espera nenhum anúncio até a posse em 1º de janeiro.

O ministério é importante para o reconhecimento histórico dos 900 mil indígenas do Brasil e a reparação por seus maus-tratos e perda de direitos à terra, disse ela à Reuters.

Lula recebeu muitos aplausos na reunião do clima COP27 no Egito, no mês passado, quando disse aos delegados explicitamente que criaria um ministério indígena para garantir 'sobrevivência digna, segurança, paz e sustentabilidade' para cerca de 300 povos indígenas que ainda existem no Brasil.

Sob o governo do presidente Jair Bolsonaro, a quem Lula derrotou nas eleições de outubro, a violência aumentou contra as comunidades indígenas, cujas terras foram cada vez mais invadidas por garimpeiros, madeireiros e criadores de gado ilegais.

“A homologação de terras indígenas que foram paralisadas sob Bolsonaro deve ser reiniciado e ações urgentes são necessárias para proteger os indígenas, bem como os defensores do meio ambiente e defensores de nossos direitos que estão em risco”, disse Guajajara.

Bolsonaro reduziu as medidas de fiscalização ambiental e apoiou a legislação para permitir a agricultura comercial e a mineração na Amazônia, e até mesmo em terras protegidas de reservas indígenas -- medidas que a Apib agora está procurando reverter.

Guajajara disse que a violência do crime organizado aumentou em áreas de fronteira, como o Vale do Javari, na fronteira com o Peru, onde o jornalista britânico Don Phillips e o indigenista Bruno Pereira foram assassinados por pescadores ilegais em junho.

Especialistas indígenas disseram que a criação de uma secretaria diretamente sob a alçada da Presidência poderia ser mais rápida de configurar, mais eficaz e de menor custo.

Mas os líderes indígenas disseram que era necessário um ministério para apoiar suas comunidades com o poder de mobilizar outros ministérios e até mesmo a polícia e as forças de segurança para protegê-los.

“Nossa situação é tão complexa hoje que precisamos de um ministério bem robusto com muitas atribuições para nos defender”, disse Eliesio Marubo, advogado do grupo indígena Univaja, do Vale do Javari.

Uma das principais demandas indígenas é a reforma da Funai, que atualmente é chefiada por um policial nomeado por Bolsonaro e visto pelas pessoas que deveria proteger como uma ferramenta dos interesses fundiários do setor agrícola.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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