Guaidó convoca protestos enquanto novo blecaute da Venezuela entra no terceiro dia
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Por Vivian Sequera e Tibisay Romero
CARACAS/VALENCIA, (Reuters) - O líder da oposição venezuelana Juan Guaidó pediu nesta quarta-feira que seus apoiadores tomem as ruas neste fim de semana em protesto ao grande blecaute no país todo que deixou milhões sem energia por três dias consecutivos.
Moradores tinham dificuldades de encontrar alimentos e água conforme as empresas, estabelecimentos comerciais e escolas seguiam fechados no segundo grande apagão deste mês. A energia acabou na maior parte do país na tarde de segunda-feira, menos de duas semanas depois que a eletricidade foi restaurada após o pior apagão da história da Venezuela.
'Chegou o momento de agitar em todo Estado, em toda comunidade para ter a água de volta, ter a eletricidade de volta, ter o gás de volta', disse Guaidó, o presidente da Assembleia Nacional controlada pela oposição que invocou a Constituição para assumir a Presidência da República interinamente em janeiro, argumentando que a reeleição de Nicolás Maduro em maio de 2018 foi ilegítima.
Ele disse que o protesto foi agendado para sábado, sem oferecer mais detalhes.
O Partido Socialista governista acusa os Estados Unidos de sabotarem sua rede elétrica, mas Guaidó e outros líderes da oposição classificam o blecaute como resultado de uma década de corrupção e má administração.
A energia havia voltado a cerca de metade dos 24 Estados do país na noite de terça-feira, mas caiu novamente ao anoitecer de quarta-feira. Enquanto blecautes são comuns há muito tempo no país da Opep, particularmente fora da capital Caracas, a crescente frequência e gravidade deixaram moradores preocupados que o abastecimento intermitente seja a nova norma.
'Acho que este será pior do que o primeiro blecaute', disse Julio Barrios, contador de 60 anos que procurava lojas abertas para comprar comida ou gelo. 'Muitas pessoas querem trabalhar, mas não há transporte, e se ninguém estiver trabalhando o país ficará paralisado.'
(Reportagem adicional de Diego Ore e Anggy Polanco)
Escrito por Thomson Reuters
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