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'Há lealdades maiores do que as pessoais', diz Moro após depor na PF

Placeholder - loading - Moro fala durante declaração à imprensa em Brasília 24/4/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Moro fala durante declaração à imprensa em Brasília 24/4/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
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Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro afirmou na manhã deste domingo em sua conta no Twitter que 'há lealdades maiores do que as pessoais', em sua primeira manifestação pública após ter prestado depoimento na véspera no inquérito para apurar acusações feitas por ele de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal.

Moro depôs por oito horas na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba quando, segundo uma fonte, reafirmou as acusações e apresentou provas de que Bolsonaro tentou interferir na PF diante da preocupação com investigações.

No sábado, sem citar o nome de Moro, o presidente havia criticado o ex-ministro, comparando-o a um traidor. 'O Judas, que hoje deporá, interferiu para que não se investigasse?', questionou ele, também em sua conta no Twitter.

A um grupo de apoiadores à frente do Palácio do Planalto, Bolsonaro disse no sábado pela manhã que não será alvo de nenhum 'golpe'. “Ninguém vai fazer nada ao arrepio da Constituição”, disse Bolsonaro. “Ninguém vai querer dar o golpe para cima de mim, não”, reforçou.

Mais uma vez, também na véspera, Bolsonaro contrariou orientações de autoridades sanitárias de fazer isolamento e visitou um posto de gasolina perto da cidade goiana de Cristalina. Na ocasião, ele cumprimentou apoiadores, posou para fotos e voltou a defender a retomada do comércio.

DEPOIMENTO

Moro pediu demissão do governo na sexta-feira retrasada após revelar, em pronunciamento, que o presidente o avisou que queria mudar o comando da PF usando como uma das alegações preocupação com o andamento de investigações autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que serão conduzidas pela corporação. Nesse encontro, Bolsonaro disse a Moro que iria trocar o diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo.

Na ocasião, Moro contou também que Bolsonaro disse-lhe que queria que fosse escolhido um diretor-geral da PF com o qual ele pudesse ter um contato pessoal, “que pudesse ligar, colher informações, relatórios de inteligência”.

As declarações feitas por Moro levaram o procurador-geral da República, Augusto Aras, a pedir a abertura de inquérito pelo STF. O ministro do Supremo, Celso de Mello, autorizou a investigação.

O depoimento de Moro foi prestado no sábado à equipe da PF e de procuradores designada por Aras para acompanhar o caso. O ex-ministro --que ficou internacionalmente conhecido por sua atuação à frente da Operação Lava Jato-- não falou com a imprensa.

Em frente à sede da PF em Curitiba, houve confronto entre apoiadores de Moro e de Bolsonaro.

Aliados do presidente têm questionado o que consideram pressa com as investigações. Antes do depoimento, o filho do presidente e deputado federal Eduardo Bolsonaro questionou em rede social o fato de a oitiva de Moro ser feita por delegados indicados pelo atual diretor em exercício da PF, Disney Rosseti.

'Isso é vontade de esclarecer os fatos ou impedir q Moro seja ouvido pela equipe do próximo DG-PF?', afirmou Eduardo. O STF barrou a indicação de Alexandre Ramagem feita pelo presidente para o comando da PF por, entre outras razões, proximidade entre ambos.

Neste domingo, Eduardo Bolsonaro novamente contestou as circunstâncias do depoimento. 'Realmente é preciso muito tempo dando depoimentos a delegados amigos para ver se acham algo contra Bolsonaro', disse ele, na rede social. 'Moro não era ministro, era espião', completou.

Neste domingo, uma carreata de apoiadores do presidente tomou as ruas do centro de Brasília. Os manifestantes protestaram contra o STF, que tem tomado uma série de decisões adversas a Bolsonaro e ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia SMOKEY ROBINSON É ACUSADO DE ABUSO SEXUAL

SMOKEY ROBINSON É ACUSADO DE ABUSO SEXUAL

O cantor, compositor e produtor musical Smokey Robinson, ícone da Motown Records e uma das vozes mais reconhecidas da história da música norte-americana, está sendo acusado de abuso sexual por quatro mulheres que trabalharam como domésticas e assistentes pessoais em suas residências entre 2006 e 2024.

As denúncias fazem parte de uma queixa de assédio no local de trabalho, protocolada nesta terça-feira (6) em um tribunal de Los Angeles, e obtida com exclusividade pela CNN.

Acusações graves envolvem mais de uma década de supostos abusos

De acordo com o documento, as mulheres, identificadas como Jane Does 1 a 4, afirmam ter sofrido assédio sexual, agressões sexuais recorrentes e condições de trabalho abusivas enquanto prestavam serviços na casa de Robinson e de sua esposa, Frances Robinson, que também é citada como co-ré no processo.

As vítimas relatam que permaneceram em silêncio durante anos por medo de represálias, perda do emprego e vergonha pública, agravados pela fama e influência do artista. Três das quatro mulheres também temiam que a denúncia pudesse impactar negativamente seu status migratório nos Estados Unidos.

Detalhes das alegações: múltiplos episódios e locais

Frances Robinson também é citada por conivência e racismo

Além de Smokey Robinson, o processo responsabiliza Frances Robinson por omissão e conivência com os abusos, além de contribuir para um ambiente de trabalho hostil ao gritar com as funcionárias e usar termos étnicos pejorativos, segundo a ação judicial.

Outras acusações incluem violações trabalhistas e danos emocionais

As ex-funcionárias também acusam o casal Robinson de violações das leis trabalhistas, como não pagamento de salário mínimo, ausência de horas extras, e falta de pausas para descanso e alimentação. As quatro vítimas estão requerendo pelo menos US$ 50 milhões em danos morais, materiais e punitivos.

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