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Há tempo hábil para votar reforma da Previdência na Câmara no 1º semestre, diz líder

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Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou nesta quinta-feira que há tempo hábil para a reforma da Previdência ser aprovada na Câmara dos Deputados ainda no primeiro semestre deste ano.

Segundo Joice, o governo do presidente Jair Bolsonaro já foi avisado por lideranças sobre a resistência às mudanças nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural, mas não é possível alterar o texto muito além disso, sob o risco de a reforma ficar “anoréxica”.

“Nós temos tempo hábil ainda para aprovar neste primeiro semestre aqui na Câmara, as costuras são feitas exatamente para isso”, disse a líder a jornalistas.

'A nossa preocupação é votar no primeiro semestre a Nova Previdência com o tamanho que nos precisamos”, acrescentou.

Mais cedo, a deputada afirmou que a Câmara contará com um “gabinete de inteligência”, com técnicos da equipe econômica para tirar dúvidas de parlamentares sobre a reforma da Previdência.

Segundo ela, a equipe do Ministério da Economia já estava à disposição de parlamentares, mas agora técnicos da pasta ficarão de plantão para fornecer informações específicas e municiar os deputados.

“A gente vai ter um grupo aqui do Ministério da Economia à disposição para trabalhar durante todo o momento dando informações aos parlamentares, explicando, tirando qualquer dúvida que possa haver em relação ao texto, inclusive por região – porque a gente sabe que em cada região o calo aperta em um lugar diferente”, disse a líder.

“Queremos dar toda a segurança para o parlamentar explicar para o seu eleitor porque a Nova Previdência é tão importante.”

O secretário especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, que esteve reunido com Joice na manhã desta quinta, considerou o gabinete de inteligência “de bom tom” e “pertinente”.

“O dia a dia no Congresso acontece aqui”, disse o secretário a jornalistas. “A partir da próxima semana já estaremos aí com técnicos à disposição aqui no gabinete da Liderança do Governo no Congresso, e esse suporte vai ser dado de forma mais estreita.”

Joice avaliou que a articulação política do governo já apresentou melhoras, mas admitiu que temas como as mudanças nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural, dois dos pontos mais polêmicos da proposta, devem ser alterados no texto da PEC.

“BPC e rural é meio que favas contadas. Vai ter uma mexida. Eu não sei o tamanho da mexida”, disse a líder.

Marinho, no entanto, afirmou que defenderá a proposta na sua integralidade, embora reconheça a prerrogativa do Congresso de promover as alterações que considerar necessárias.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência tramita em uma comissão especial, que debaterá o mérito da matéria. Na próxima semana, o relator da PEC, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), deve apresentar uma proposta de cronograma.

Segundo o presidente da comissão, Marcelo Ramos (PR-AM), a ideia é que o cronograma trabalhe com o horizonte de uma votação em plenário em julho. Pelas estimativas dele, o relatório da proposta deve ser apresentado na primeira semana de junho, mas o plano de trabalhos ainda precisa ser acordado com coordenadores de bancadas da comissão.

Acordo firmado na instalação da comissão previa que os prazos regimentais passassem a valer a partir do dia 7. Mas como o tempo de tramitação da proposta na comissão toma como referência as sessões do plenário da Casa, já foi computado um dia nessa contagem de prazo na terça-feira, quando 51 deputados registraram presença na Casa e tornaram possível a realização de uma sessão não deliberativa.

A comissão especial tem 40 sessões do plenário para proferir parecer, sendo que a apresentação de emendas à proposta tem de ser feita nas 10 primeiras sessões.

A expectativa é que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), prorrogue o prazo de apresentação de emendas para compensar o dia já computado na terça-feira.

Escrito por Thomson Reuters

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DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

Em 2025, a preocupação com o uso não autorizado da inteligência artificial (IA) para treinar modelos baseados em obras protegidas por direitos autorais tomou o centro do debate cultural. Um movimento liderado por mais de 400 artistas britânicos, entre eles Dua Lipa, Elton John, Paul McCartney, Coldplay, Kate Bush e Ian McKellen, exigiu que o governo do Reino Unido reformule suas legislações de proteção intelectual.

A carta aberta enviada ao primeiro-ministro britânico Keir Starmer representa uma ofensiva histórica por maior transparência e regulamentação no uso de conteúdos criativos pela IA, especialmente por grandes empresas de tecnologia.

“Estamos profundamente preocupados com a ameaça existencial que a IA não regulada representa para a música, o cinema e todas as formas de arte criativa” — afirma o trecho principal do documento divulgado em maio.

A polêmica do treinamento de IA com obras protegidas

Os artistas pedem transparência quanto aos materiais utilizados no treinamento de sistemas de IA, como músicas, roteiros, livros e performances, muitos deles com copyright. A carta apoia uma emenda ao projeto Data (Use and Access) Bill, proposta pela baronesa Beeban Kidron, que obrigaria as empresas a revelarem as obras utilizadas para treinar IA.

“A criatividade humana precisa de proteção, não apenas para os grandes nomes, mas para todos os que vivem de sua arte” — destacou a baronesa Kidron ao Financial Times.

Protestos silenciosos e decisões legais reforçam a pressão

A mobilização ganhou ainda mais força com o lançamento do álbum de protesto “Is This What We Want?”, composto por faixas silenciosas de mais de 1.000 músicos britânicos. A ideia foi criar uma metáfora sobre a apropriação indevida do silêncio e protestar contra a coleta de dados criativos sem consentimento.

Nos Estados Unidos, o Escritório de Direitos Autorais (U.S. Copyright Office) estabeleceu que obras geradas inteiramente por IA não podem ser protegidas por copyright, a menos que envolvam participação humana substancial.

“A autoria humana continua sendo o pilar do direito autoral” — afirmou Shira Perlmutter, ex-chefe do Copyright Office dos EUA, em nota oficial.

Além disso, em março de 2025, um tribunal federal dos EUA reafirmou essa diretriz, negando a proteção de direitos a imagens criadas exclusivamente por IA.

Elton John e Paul McCartney se posicionam

A mobilização não tem sido silenciosa nos bastidores. Elton John declarou ao The Guardian:

“É inaceitável que as empresas de tecnologia explorem nossa música sem sequer pedir permissão. Estamos falando da essência do nosso trabalho.”

Paul McCartney, por sua vez, lembrou dos impactos emocionais da música:

“A arte não é apenas dados, é emoção. Não podemos permitir que algoritmos substituam histórias de vida.”

A arte pede socorro

A batalha por regulamentação justa da inteligência artificial na indústria criativa está apenas começando, mas já demonstra que os artistas não aceitarão passivamente que suas obras sejam usadas sem compensação ou consentimento.

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