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Hidrelétrica Santo Antônio aumenta geração com melhora das vazões no rio Madeira

Placeholder - loading - Seca no Rio Madeira cria bancos de areia em Humaita, Amazônia. 7 de setembro de 2024. REUTERS/Bruno Kelly

Seca no Rio Madeira cria bancos de areia em Humaita, Amazônia. 7 de setembro de 2024. REUTERS/Bruno Kelly

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Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - Após meses operando com vazões muito baixas no rio Madeira devido à seca histórica deste ano, a hidrelétrica Santo Antônio vê uma melhora da situação com retorno das chuvas do período úmido, que já permitiram aumentar a geração de energia a 2.000 megawatts (MW), contribuindo com o sistema elétrico nacional, afirmou o presidente da usina, Caio Pompeu de Souza Brasil Neto.

Em entrevista à Reuters, o executivo ressaltou que a hidrelétrica localizada no Norte vinha se preparando desde o início do ano para enfrentar um cenário hidrológico que já prometia ser pior que o do ano passado, quando a usina teve que paralisar totalmente suas operações.

Com as 'lições aprendidas' de 2023, Santo Antônio criou uma 'jusante artificial' e fez um rearranjo no sistema de transmissão local para permitir que a usina continuasse não só operando em situação mais adversa, mas também fornecendo energia a Acre e Rondônia, Estados que foram priorizados em função da seca na região, disse Neto.

Operando a fio d'água (sem reservatório de acumulação), Santo Antônio integra, junto com Jirau, um importante complexo hidrelétrico do rio Madeira, que soma cerca de 7.000 MW de capacidade instalada. Com 3.568 MW, Santo Antônio é uma das maiores do país e é controlada integralmente pela Eletrobras, que também tem participação em Jirau.

Das 50 turbinas do empreendimento, apenas seis continuaram em funcionamento no pior momento da seca neste ano, entre setembro e outubro, quando as vazões do Madeira chegaram a bater a mínima de 1.987 m³/s -- muito abaixo da marca de 3.100 m³/s que forçou a paralisação em 2023.

Essas seis máquinas geraram em torno de 400 MW médios, que foram destinados ao Acre e Rondônia e corresponderam a cerca de 40% da carga desses Estados, destacou Neto.

Ele explicou que duas grandes manobras realizadas pela usina, com acompanhamento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), permitiram a continuidade das operações nos últimos meses.

Aproveitando o relevo e características da barragem, Santo Antônio criou uma 'jusante artificial', concentrando a geração nas turbinas da margem direita do rio.

'Em um dos grupos geradores da usina, forma-se um remanso, pois tem um maciço de pedra na frente das máquinas. Então quando nós fechamos todas as turbinas e os vertedouros, deixando apenas os da margem direita aberta, a água do rio fluiu por esse canal, ela batia nas pedras e aumentava a cota jusante do reservatório', explicou o executivo.

'Com esse procedimento, nós ganhamos dois metros de altura na cota jusante, isso fez com nós suportássemos uma vazão muito inferior à de 2023.'

A companhia também fez um rearranjo de transmissão local para que a energia gerada pela usina fosse direcionada ao Sistema Regional Acre-Rondônia, visando aumentar a confiabilidade energética e tornar mais robusto o fornecimento a esses Estados.

'A região Norte do país está passando por uma maior criticidade (com a seca)... A Eletrobras viu com clareza que precisávamos priorizar o suprimento nesses dois Estados. Nossa usina fica em Rondônia, temos total compromisso'.

'É impensável você ter esse tipo de solução desenvolvida por uma empresa que não tem uma tradição como a da Eletrobras no sistema elétrico brasileiro', acrescentou ele.

POSSÍVEIS AÇÕES PARA O FUTURO

Atualmente, a hidrelétrica de Santo Antônio está operando com 29 turbinas e vazões em torno de 10.000 m³/s, que ainda estão cerca de 10% abaixo do verificado na média histórica para esse período do ano.

Ao todo, são cerca de 2.000 MW de geração, que voltaram a ser fornecidos também ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que escoa energia por todo o país.

O presidente da usina destacou que as mudanças climáticas vêm piorando a sazonalidade das vazões do Madeira no período seco.

'Quando a usina foi projetada, conhecíamos toda essa sazonalidade, mas essa intensidade foi algo completamente fora da curva.'

Segundo o Serviço Geológico Brasileiro (SGB), o rio Madeira alcançou em setembro a marca de 0,19 m, uma mínima desde o início das medições em 1967. Essa cota, medida em Porto Velho, ficou bem abaixo da pior marca anterior, de 1,1 m, alcançada em outubro de 2023.

Nesta segunda-feira, o Madeira estava com 5,62 m, ainda abaixo do nível de normalidade de 7,00 m para o período.

Para o futuro, o presidente da hidrelétrica destacou que há medidas adicionais que poderão ser tomadas, caso a região volte a sofrer com seca extrema.

Santo Antônio já conversou com seus fornecedores de turbinas sobre a possibilidade de flexibilizar limites para a operação das máquinas, permitindo que a usina trabalhe com segurança em níveis de vazões e quedas diferentes dos estabelecidos nos manuais técnicos.

'Ali no grupo gerador que estávamos trabalhando (na seca), tínhamos estabelecido pelo fornecedor (das turbinas) uma cota de 44,55 m, e verificamos que poderíamos chegar à cota jusante de 44 m'.

'Não precisamos lançar mão disso, mas a usina está preparada para trabalhar com níveis de cota jusante mais estressantes do que quando entramos em operação'.

(Por Letícia Fucuchima)

Escrito por Reuters

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