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Homicídios no Brasil batem novo recorde em 2017 e chegam a 65.602

Placeholder - loading - 11/01/2019 REUTERS/Nacho Doce
11/01/2019 REUTERS/Nacho Doce
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Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os homicídios bateram recorde mais uma vez em 2017 no Brasil ao atingirem mais 65.602 casos ante 62.517 em 2016, uma alta de 4,9%, segundo o Atlas da Violência produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A taxa de homicídios atingiu pela primeira vez 31,6 casos a cada 100 mil habitantes, ante 30,3 em 2016 e 25,5 em 2007. Entre 2016 e 2017, os homicídios por cem mil habitantes aumentaram em 4,2% no país e, na comparação com 2007 essa alta foi de 24%.

“Estamos diante de algo estonteante e fora do padrão mundial. Isso implica em sofrimento, dor e num custo enorme para o país seja na economia, social, atração de turistas, seja na realização de negócios”, disse o coordenador do Ipea, Daniel Cerqueira.

“Estamos diante de uma tragédia humana e de uma tragédia econômica, que consome 6% do nosso PIB“, acrescentou.

O Atlas do Ipea e do Fórum leva em conta basicamente os registros do SUS enquanto o Anuário da Violência, também feito pelo Fórum, leva em conta os registros policiais dos Estados.

Os dados da pesquisa apontam que o avanço de facções criminosas no Norte e Nordeste do país está por trás do aumentos dos homicídios em 2017. Em alguns Estados, o aumento na taxa de homicídios por 100 mil habitantes foi bem forte, como Ceará, onde cresceu 48,2% e no Acre, com alta de 39,9%.

“As facções tem uma estratégia de expandir seus negócios e se aproximarem de países produtores de drogas na América do Sul visando a venda para mercados consumidores de fora, como a Europa”, disse a diretora executiva do Fórum, Samira Bueno.

Em 2017, o perfil das vítimas de homicídio era: homem, jovem , solteiro, negro com até 7 anos de estudo. Segundo o Atlas, 35.783 mil homicídios foram de jovens com 15 a 29 anos, uma taxa recorde de 69,9 homicídios para cada 100 mil jovens, mais que o dobro da média geral do país

“Temos que manter os meninos vivos com acesso a boa educação e oportunidade do trabalho. Isso impactaria na taxa de homicídios e na produtividade do Brasil', disse Cerqueira.

A pesquisa aponta ainda um incremento dos homicídios de mulheres (feminicídios) e da população LGBTI. Em 2017, foram mortas 4.936 mulheres mortas, nível recorde da pesquisa desde 2007.

Segundo o pesquisador do Ipea, há indicativos de outras pesquisas externas que apontam para a possibilidade de redução das mortes em 2018 e 2019, o que poderia estar ligado a políticas de combate a violência especialmente na região Sudeste, transição demográfica e o estatuto do desarmamento.

“O estatuto do desarmamento e políticas de controle de armas de fogo têm ajudado na redução da violência', avaliou Cerqueira, 'Se não fosse o estatuto a taxa de homicídios seria 12 por cento maior', acrescentou. O governo Bolsonaro, no entanto, baixou um decreto que flexibiliza o acesso a armas no Brasil.

“Se o estatuto do desarmamento ajudou a reduzir o ritmo dos homicídios, espero que o STF casse o decreto da arma de fogo porque olhando a literatura internacional digo que há um potencial perigoso para o Brasil. Uma arma de fogo fica na sociedade por 30 ou 40 anos”, argumentou o coordenador do Ipea.

De acordo com o Fórum, nos 14 anos anteriores ao estatuto do desarmamento de 2003, os homicídios cresciam a um ritmo de 5,44%ao ano, ao passo que nos 14 anos pós-estatuto a velocidade de crescimento foi de 0,85% ao ano, disse Samira.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

Escrito por Reuters

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Placeholder - loading - Imagem da notícia SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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