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Hypera faz maior aquisição de sua história e ação dispara

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9/8/2019. REUTERS/Yves Herman
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SÃO PAULO (Reuters) - As ações da Hypera Pharma disparavam nesta segunda-feira, após a companhia anunciar a compra de ativos latino-americanos da japonesa Takeda Pharmaceutical por 825 milhões de dólares, maior aquisição da história da farmacêutica brasileira que surgiu em 2001.

A compra ocorre após a Hypera anunciar em dezembro a compra das marcas da família de antiespamódicos Buscopan por 1,3 bilhão de reais da europeia Boehringer Ingelheim.

As ações da Hypera saltavam mais de 14% às 14h27, liderando os ganhos do Ibovespa, que mostrava valorização de 2%.

O analista Fred Mendes, do Bradesco BBI, considerou positiva a postura mais agressiva da Hypera, uma vez que empresa até então vinha afirmando estar concentrada apenas em crescimento orgânico. 'Embora vejamos o risco de execução, considerando também o negócio da Buscopan, acreditamos que ele seja um pouco reduzido, uma vez que os cinco produtos mais importantes da Takeda representam 80% de sua receita líquida', acrescentou.

Em teleconferência com analistas, o presidente da companhia, Breno Oliveira, afirmou que as integrações de Buscopan e do portfólio de 18 medicamentos de prescrição e isentos de prescrição (OTC) na América Latina da Takeda 'são de baixa complexidade...é uma operação bastante fácil de integrar'.

A Hypera calcula que as aquisições possam ser integradas à companhia em menos de um ano após aprovações regulatórias.

O portfólio inclui produtos em áreas terapêuticas como cardiologia, endocrinologia, gastrenterologia, sistema respiratório e clínica geral, além de marcas como Neosaldina e Dramin. O conjunto de medicamentos teve receita líquida de cerca de 900 milhões de reais em 2019, segundo a Hypera. A aquisição também permite à Hypera entrar no mercado de diabetes, com a marca protegida por patente Nesina.

Além disso, a Hypera, historicamente concentrada no mercado brasileiro, agoa entra no México com a compra do portfólio da Takeda na região. Segundo Oliveira, apesar do negócio comprado da Takeda no México representar 'menos de 3% do faturamento da Hypera', a empresa poderá levar mais produtos do Brasil para o mercado mexicano.

'A plataforma da Takeda do México será uma oportunidade para distribuição de outros produtos por lá', comentou o executivo.

Para fazer frente aos desembolsos exigidos pelas aquisições, o diretor financeiro, Adalmario Ghovatto do Couto, disse que a Hypera já assegurou com bancos linhas de crédito de 3,5 bilhões de reais e que conta com caixa de 2,2 bilhões, registrado no fim de 2019, para financiar as aquisições. Como a Hypera terá que pagar a transação em dólares e a linha de financiamento é em reais, a companhia estuda fazer operações de hedge para se proteger de flutuações cambiais.

Mendes, do Bradesco BBI, avaliou que a Hypera pagou um preço que agrega valor, de 9,4 vezes o Ebitda estimado para 2020 e 6 vezes incluindo as sinergias, enquanto negocia a 13,5 vezes. Executivos da Hypera comentaram que apesar das aquisições, a empresa segue focada em expansão orgânica, mas que não deixará de avaliar eventuais 'outras oportunidades'.

Segundo os executivos, as aquisições de Buscopan e do portfólio latino da Takeda permitirá a captura de sinergias anuais de 250 milhões a 280 milhões de reais, a partir do primeiro ano da conclusão dos negócios. Oliveira afirmou que a cifra é baseada em gastos menores com marketing no caso das marcas adquiridas, oportunidade de expansão de vendas por meio da base de distribuição da companhia no Brasil e também com lançamentos de novos produtos baseados nos adquiridos.

'Essas marcas aceleram nosso processo de lançamentos', disse o presidente da Hypera, acrescentando que a queda dos gastos de marketing do portfólio adquirido vai ocorrer com o uso da própria agência de publicidade interna da Hypera, que negocia diretamente os espaços publicitários.

O acordo ainda prevê a fabricação e fornecimento em conexão, por meio do qual a Takeda seguirá fornecedo produtos à Hypera. Oliveira explicou que a intenção da empresa é internalizar 'em um primeiro momento' algumas etapas da produção.

A Takeda por enquanto continuará responsável pela produção das moléculas e a Hypera pelo empacotamento, mas com a internalização futura da produção, a empresa espera manter os benefícios fiscais concedidos pelo governo de Goiás, onde está o núcleo fabril da companhia. O executivo não deu detalhes sobre os benefícios, mas afirmou que são 'um percentual relevante' do total de sinergias inicialmente projetadas.

Com o negócio, a Hypera afirmou que passará a ser a maior empresa farmacêutica do Brasil e líder absoluta em medicamentos vendidos sem necessidade de prescrição médica, conhecidos como OTC, com participação de mercado de aproximadamente 20% nesse segmento. Na sequência estariam os grupos internacionais Sanofi, GlaxoSmithKline, Johnson&Johnson e Reckitt Benckiser, segundo dados citados pela Hypera.

(Por Alberto Alerigi Jr., com reportagem adicional de Paula Arend Laier, edição Aluísio Alves)

Escrito por Reuters

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SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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