Ibovespa avança com ajuda da China; Vale sobe forte
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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta segunda-feira, puxado pela alta de commodities como minério de ferro e petróleo no exterior, após a China afirmar que adotará uma política monetária 'adequadamente frouxa' no próximo ano como parte das medidas de apoio ao crescimento econômico.
Por volta de 11h10, o Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, subia 1,08%, a 127.303,64 pontos, com as ações da Vale entre as maiores altas. O volume financeiro somava 2,71 bilhões de reais.
A decisão de Pequim sobre política monetária marca a primeira mudança para um afrouxamento desde 2010. De acordo com a mídia estatal do país, citando uma reunião do Politburo, a China também implementará uma política fiscal mais proativa e intensificará os ajustes anticíclicos 'não convencionais'.
Do lado técnico, análise da equipe do BB Investimentos afirmou que vê o Ibovespa ainda oscilando dentro do canal secundário de baixa que se iniciou no final de agosto, com suporte imediato na faixa dos 124.000 pontos e primeira resistência na máxima da semana, ao redor dos 128.000 pontos.
DESTAQUES
- VALE ON tinha elevação de 3,59%, apoiada pelo movimento dos preços futuros do minério de ferro no exterior na expectativa de mais estímulos na China, o que embalava ações de mineração e siderurgia como um todo na bolsa paulista. CSN MINERAÇÃO ON subia 4,77%, CSN ON valorizava-se 4,66%, USIMINAS PNA ganhava 3,18% e GERDAU PN era negociada com acréscimo de 2,05%.
- PETROBRAS PN avançava 1,26%, acompanhando os preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent, usado como referência pela estatal, era negociado em alta de 1,39%, a 72,11 dólares, também reagindo ao noticiário da China. As cotações do petróleo ainda tinham suporte nas incertezas após rebeldes tomarem a capital da Síria e o presidente Bashar al-Assad fugir para a Rússia.
- ITAÚ UNIBANCO PN subia 1,01%, em sessão positiva para bancos no Ibovespa. BRADESCO PN ganhava 1,3%, BANCO DO BRASIL ON mostrava acréscimo de 0,53% e SANTANDER BRASIL UNIT avançava 0,47%.
- YDUQS ON valorizava-se 4,7%, após anunciar nesta segunda-feira a compra da Edufor, que mantém escolas de medicina em São Luiz, por 145 milhões de reais. Com o negócio, a Yduqs passa a ter cursos de medicina em 18 localidades, com um total de 2.044 vagas anuais autorizadas. Analistas do Itaú BBA avaliaram que a aquisição teve um valuation barato. No setor, COGNA ON operava estável.
- AZUL PN ganhava 2,97%, buscando recuperação após o tombo da última sexta-feira. A companhia aérea deu mais um passo em direção à reestruturação de sua dívida, anunciando mais cedo que espera lançar no começo da próxima semana ofertas de permuta e solicitações de consentimento com relação às notas primeiro e segundo grau da empresa, bem como emitir as notas 'superprioritárias' em meados de janeiro de 2025
- TIM ON recuava 2,17%, tendo como pano de fundo relatório do UBS BB cortando a recomendação dos papéis de compra para neutra e reduzindo o preço-alvo dos mesmos de 21,60 para 17 reais. Analistas do UBS BB citaram 'menos clareza sobre o crescimento da receita, apesar das margens saudáveis'. Na sexta-feira, as ações da TIM fecharam a 16,11 reais. No setor, TELEFÔNICA BRASIL ON subia 0,14%.
- BRF ON caía 0,53%, em sessão de realização de lucros após seis pregões seguidos de valorização, período em que acumulou um ganho de 16%. Na sexta-feira, a ação marcou uma máxima de fechamento desde junho de 2021 ao encerrar o dia a 28,32 reais. MARFRIG ON, controladora da BRF, era transacionada em alta de 2,62%. Ainda no setor de proteínas, JBS ON subia 0,33% e MINERVA ON ganhava 1,86%.
Escrito por Reuters
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