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Ibovespa encerra primeiro pregão do ano no vermelho; Petrobras sobe

Placeholder - loading - Painel da B3 19/10/2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Painel da B3 19/10/2021 REUTERS/Amanda Perobelli

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Por Patricia Vilas Boas

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa encerrou o primeiro pregão do ano em queda, chegando a tocar uma mínima em mais de seis meses nesta quinta-feira, embora o desempenho positivo das ações da Petrobras tenha limitado um declínio mais acentuado.

Referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou com variação negativa de 0,13%, a 120.125,39 pontos, tendo marcado 119.119,53 pontos na mínima, menor patamar intradia desde junho de 2024, e 120.781,81 pontos na máxima da sessão.

O volume financeiro somou 19,44 bilhões de reais, em dia de liquidez ainda reduzida na volta do feriado de Ano Novo.

No curto e médio prazos, o indicador segue em tendência de baixa, podendo alcançar o suporte imediato em 118.685 pontos, afirmou Igor Graminhani, analista da Genial Investimentos, em análise técnica nesta quinta-feira.

O movimento desta quinta acompanhou a piora em Wall Street, que abriu em alta, mas depois inverteu sinal, com investidores embarcando no novo ano enfrentando as correntes cruzadas de dados sólidos do mercado de trabalho dos Estados Unidos, a alta do dólar e a queda das ações da Tesla.

Para o analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora, o avanço dos preços do petróleo no mercado externo, refletido nos papéis da Petrobras -- de grande peso no índice brasileiro -- conteve uma queda maior para o indicador.

Na cena doméstica, os investidores seguem atentos a qualquer notícia vinda do Congresso ou do governo sobre a situação fiscal do país, segundo Mollo. 'Esse é o principal 'driver' que tem trazido volatilidade para o mercado', afirmou.

A B3, operadora da bolsa paulista, divulgou nesta quinta-feira a última prévia da nova carteira do Ibovespa, com a entrada das ações da Marcopolo e da Porto Seguro e a exclusão dos papéis da Alpargatas e da Eztec. A carteira definitiva vai vigorar de 6 de janeiro a 2 de maio.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN avançou 1,6% e PETROBRAS ON subiu 2,82%, apoiadas na forte alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent encerrou com elevação de 1,73%, a 75,93 dólares, em meio a otimismo sobre a economia da China e a demanda por combustíveis após uma promessa do presidente Xi Jinping de promover o crescimento. A estatal informou nesta quinta-feira que concluiu acordo com a Prio para permitir que a empresa passe a utilizar a infraestrutura de gasodutos da Bacia de Campos para escoar e processar o gás natural proveniente dos campos de Frade e Albacora Leste. PRIO ON subiu 1,54%.

- BRAVA ENERGIA ON caiu 0,47%, após três pregões de alta. A empresa disse na véspera que iniciou a produção do FPSO Atlanta, localizado no campo de mesmo nome, na Bacia de Santos. Segundo relatório de analistas do BTG Pactual, o início da produção é um marco significativo para a Brava e posiciona o campo como uma pedra fundamental em seu portfólio offshore.

- ENEVA ON afundou 9,31%, chegando a atingir uma mínima intradia desde maio de 2020, após o Ministério de Minas e Energia divulgar as regras finais para a realização de um leilão para contratar mais potência para o sistema elétrico brasileiro, algumas das quais impediriam a Eneva de tentar recontratar certas usinas do complexo Parnaíba, no Maranhão.

- ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 0,47%, enquanto, na contramão, BRADESCO PN subiu 0,79%.

- VALE ON caiu 0,55%, apesar do avanço do minério de ferro, com o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrando as negociações do dia com alta de 0,64%, a 782 iuanes (107,14 dólares) a tonelada.

- MAGAZINE LUIZA ON perdeu 1,08%, após terminar 2024 com um dos piores desempenhos do Ibovespa no ano, com queda acumulada de quase 70%.

- CVC ON subiu 8,7%, maior alta percentual do índice, após quatro pregões seguidos de queda e depois de ter acumulado perda de mais de 60% em 2024, seu sexto ano consecutivo de desvalorização.

- GOL PN, que não faz parte do Ibovespa, subiu 5,38%, depois de anunciar que chegou a um acordo para equacionar seu débitos fiscais que prevê o parcelamento de débitos estimados em 5,5 bilhões de reais. No setor, AZUL PN avançou 2,82%.

Escrito por Reuters

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