Implantes cerebrais devolvem voz a pacientes que perderam a fala
Testes foram divulgados pela revista Nature
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A revista Nature publicou na última quarta-feira (23) dois estudos que mostram avanços no uso de implantes cerebrais para devolver a voz a pessoas que perderam a capacidade de falar.
Um grupo de cientistas da Universidade de Stanford testou a abordagem em uma paciente que possui esclerose lateral amiotrófica.
Ela teve quatro pequenos chips instalados no córtax cerebral. Os dispositivos registram sinais elétricos produzidos pela parte do cérebro ligada à linguagem. Esses sinais são interpretados por um algoritmo e associados a fonemas. A fala, então, se dá por meio de uma tela a um ritmo de mais de 60 palavras por minuto.
Já uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia acompanhou uma mulher de 47 anos que sofreu um derrame no tronco cerebral.
Ela teve eletrododos instalados no córtex cerebral e passou a se expressar com uma média de 78 palavras por minuto. Nesse caso, os aparelhos não só analisam sinais elétricos da parte do cérebro dedicada à linguagem, mas também os movimentos dos lábios, da língua e de outros músculos faciais.
A capacidade de fala ainda é inferior às 150 ou 200 palavras por minuto de alguém que não sofre de paralisia, mas representa um ritmo três vezes maior ao alcançado em outra experiência realizada em 2021.
Escrito por Jornalismo - Gabriella Paques
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