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Indefinição em corrida eleitoral dos EUA complica decisão do Copom em novembro

Placeholder - loading - Prédio do Banco Central em Brasília 11/06/2024 REUTERS/Adriano Machado
Prédio do Banco Central em Brasília 11/06/2024 REUTERS/Adriano Machado
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Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - Não bastassem as expectativas de inflação desancoradas, a atividade econômica aquecida e as incertezas fiscais, o Banco Central precisará lidar com um fator adicional -- e imprevisível -- em sua próxima decisão sobre a taxa de juros, em novembro: a eleição presidencial dos Estados Unidos.

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá em 5 e 6 de novembro e anunciará ao fim do segundo dia o patamar da taxa Selic, hoje em 10,75% ao ano.

O ineditismo está no fato de que a eleição norte-americana ocorrerá em 5 de novembro e, dado o complexo sistema de votação e de contagem de votos dos EUA, o vencedor da disputa na maior economia do mundo ainda não estará definido quando os membros do Copom deliberarem sobre a Selic.

O cenário da corrida eleitoral entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump está indefinido, conforme pesquisas eleitorais recentes que mostram os dois candidatos empatados nas intenções de voto nacionais.

Além disso, a reunião de política monetária do Federal Reserve vai acontecer em 6 e 7 de novembro, com determinação da nova taxa de juros nos EUA apenas um dia depois de a Selic ser definida. O chair do Fed, Jerome Powell, também falará à imprensa apenas no dia 7, quinta-feira.

Nos mercados globais, uma das dúvidas é se o Fed cortará sua taxa de juros em 25 pontos-base ou em 50 pontos-base, embora as apostas majoritárias dos investidores tenham caminhado para uma redução menor.

“A eleição nos EUA é terça-feira e o Banco Central decide a Selic na quarta. Mas o Copom não vai ter a ‘cola’ da eleição e da decisão do Fed, porque a definição dos juros lá fora será apenas na quinta-feira”, resumiu o estrategista-chefe da BGC Liquidez, Daniel Cunha.

“Isso pode exigir que o BC seja um pouco mais incisivo na condução da política monetária. Há uma probabilidade razoável -- ainda não dominante, mas bastante razoável -- que a gente tenha que discutir 75 (pontos-base de alta da Selic)”, completou.

Nos últimos dias, o aumento das apostas de que Trump vencerá Kamala em alguns mercados preditivos fez o dólar avançar ante as demais moedas, incluindo o real. Nesta semana o dólar chegou a superar os 5,73 reais, após encerrar setembro na faixa dos 5,44 reais.

O “fator Trump” também deu força aos rendimentos dos Treasuries e contribuiu para o avanço recente das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) no Brasil. Alguns vencimentos exibiram taxas próximas de 13%.

Por trás do movimento nos mercados brasileiros estão os receios dos investidores com a política fiscal do governo Lula, mas também a expectativa com eventual volta de Trump à Casa Branca.

As promessas do republicano de elevação das tarifas de importação da China, de bloqueio de imigrantes e de redução de impostos, entre outras, são apontadas como fatores inflacionários para os EUA. No limite, o Fed pode não ter tanto espaço para cortar juros no futuro.

“No curto prazo, o movimento é muito incerto, porque o mercado tem uma euforia generalizada ou um pessimismo generalizado. Mas a princípio Trump tende a apreciar o dólar”, comentou Guilherme Suzuki, sócio da Astra Capital.

O efeito do dólar alto sobre a inflação brasileira é um dos fatores de risco monitorados pelo Banco Central e que será levado em conta na reunião de novembro do Copom.

Por enquanto, a curva a termo brasileira precifica 90% de probabilidade de o colegiado elevar a Selic em 50 pontos-base no próximo mês, contra 10% de chance de subir em 75 pontos-base.

Escrito por Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

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