Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Indústria do aço estima queda em produção e vendas no Brasil em 2025

Placeholder - loading - Produção de aço em fábrica na Índia 19/10/2024 REUTERS/Priyanshu Singh/Arquivo
Produção de aço em fábrica na Índia 19/10/2024 REUTERS/Priyanshu Singh/Arquivo
Ver comentários

Publicada em  

Atualizada em  

Por Alberto Alerigi

SÃO PAULO (Reuters) - A indústria siderúrgica estimou nesta segunda-feira quedas na produção e nas vendas de aço no Brasil em 2025 após um 2024 acima do esperado pelo setor, diante de perspectivas de menor crescimento da economia e piora do quadro fiscal do país no próximo ano.

'A questão fiscal contamina as previsões, as perspectivas de crescimento' de consumo de aço no país, disse o presidente-executivo do Aço Brasil, entidade que representa as usinas siderúrgicas do país, Marco Polo de Mello Lopes, após apresentação das previsões a jornalistas.

A produção de aço bruto do Brasil em 2025 vai cair 0,6%, para 33,58 milhões de toneladas, enquanto as vendas no mercado interno deverão recuar 0,8%, para 21 milhões de toneladas, previu a entidade.

A expectativa para o consumo aparente, métrica que reúne as vendas no mercado interno de produtos feitos no país e importados, é de avanço de 1,5%, para 26,66 milhões de toneladas.

O Aço Brasil, que em meados deste ano reviu suas projeções de 2024 para um crescimento de 0,7% na produção, ante expectativa anterior de queda de 3%, estimou que o setor deve encerrar este ano com alta de 5,5% no volume produzido, a 33,79 milhões de toneladas.

De janeiro a novembro, o setor produziu 31,17 milhões de toneladas de aço bruto, um crescimento de 5,6% na comparação anual. Em novembro apenas, o setor produziu 2,77 milhões de toneladas de aço bruto, alta de 1,9% sobre um ano antes, segundo dados da entidade.

Para as exportações, a previsão do Aço Brasil é de crescimento de 2,2% em laminados planos e longos em 2025, para 2,35 milhões de toneladas. Nas importações, também de laminados, a previsão é de salto de 11,5%, para 5,63 milhões de toneladas, apesar do sistema de defesa comercial adotado pelo Brasil este ano focando principalmente produtos da China. A entidade não informou de imediato previsões totais para importações e exportações de aço em 2025.

DEFESA COMERCIAL

O presidente do Aço Brasil afirmou que o sistema de cotas e tarifas de 25% adotadas pelo Brasil em meados do ano ajudou a conter a entrada de material importado no Brasil este ano, mas não cumpriu objetivo de conseguir uma redução.

De janeiro a novembro, as importações de aço pelo Brasil dispararam 24,4% sobre um forte volume registrado em 2023, para 5,6 milhões de toneladas.

Segundo Lopes, 'não tenho dúvidas' de que o governo está interessado em renovar o sistema de proteção no próximo período de revisão, entre maio e junho de 2025, com a possível inclusão de novos produtos, como vergalhão e aço galvanizado a quente, conhecido no setor pela sigla HDG.

Além disso, o setor ainda discute com o governo a inclusão de mais nove produtos ao sistema de cota-tarifa que atualmente estão sendo alvo de circunvenção, seja por mudanças de tipo de material, seja por alterações de origem, disse o presidente do Aço Brasil.

'A expectativa é que para o primeiro trimestre, já tenhamos novidades no fronte', disse o executivo, citando que a entidade está mantendo comunicação próxima com a Receita Federal e com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O setor quer também a revisão das atuais cotas, que contam com excedente de 30% sobre os volumes médios importados entre 2020 e 2022. 'A cota foi generosa e é preciso se ter realismo', disse Lopes.

Enquanto isso, sobre as ameaças do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de reforçar imposição de tarifas de importação pelo país a partir do próximo ano, Lopes afirmou que o atual arranjo dos EUA com o Brasil no aço já vem desde 2018.

Trump impôs em seu primeiro mandato um sistema de 'hard quota' para as exportações de aço do Brasil para os EUA, algo que o setor siderúrgico brasileiro não conseguiu flexibilizar nos anos seguintes para uma 'soft quota' - quando o material que supera a cota ainda pode chegar ao pais sem pagar tarifa - como União Europeia e Coreia do Sul conseguiram.

'O sistema vem funcionando muito bem', disse Lopes sobre o sistema adotado no primeiro mandato de Trump.

MERCADO DE CARBONO

Além da questão macroeconômica do Brasil, dos problemas na da defesa comercial, o setor siderúrgico ainda deve enfrentar nos próximos anos aumento de custos a serem gerados pela aprovação do mercado de carbono pelo país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que cria o mercado de carbono no Brasil na semana passada, permitindo a compensação de emissões de gases do efeito estufa a partir de créditos de carbono por meio de um sistema de comércio.

'Isso vai significar um acréscimo no custo. Vai onerar a produção de aço do Brasil', disse Maria Cristina Yuan, diretora de assuntos institucionais do Aço Brasil, durante a apresentação da entidade.

Segundo ela, o Brasil ainda precisa dar detalhamento para a lei que cria o mercado de carbono para que ele possa entrar em vigor no país, mas isso deveria ocorrer mediante o controle da entrada de aço importado que tenha uma pegada de carbono maior que a cobrada dos produtores brasileiros no sistema sancionado na semana passada.

'Estamos pleiteando junto ao governo implementar uma taxa de pegada de carbono na fronteira. A União Europeia implementou isso. Isso precisa ser conjugado (com o mercado de carbono) sob risco de destruição da produção nacional', disse a executiva.

'A indústria (de aço) vai ter de acessar o mercado de carbono porque é muito difícil reduzir as emissões', disse Yuan citando que 'certamente' o setor terá que comprar créditos de carbono para se adequar à legislação de emissões.

'Não vamos assumir metas que não sejam factíveis', disse o presidente do Aço Brasil. 'Ninguém duvida de que o mundo está de cabeça para baixo na questão ambiental, mas precisamos de responsabilidades comuns, mas diferenciadas', disse o executivo, citando que o setor siderúrgico brasileiro representa 4% das emissões de carbono do país enquanto na média mundial a taxa é de 7%.

Segundo Lopes, o investimento para o setor siderúrgico brasileiro atingir a neutralidade de emissões de carbono em 2050 é estimado em 180 bilhões de reais.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

LINK

1 D
  1. Home
  2. noticias
  3. industria do aco estima queda …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.