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Inflação teve piora quantitativa e qualitativa, diz Campos Neto

Placeholder - loading - Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto 27/03/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto 27/03/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
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Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicou nesta terça-feira que a autoridade monetária precisa ser realista quanto à piora da inflação, que aconteceu tanto em termos quantitativos quanto qualitativos.

Ao participar do IX Fórum Jurídico de Lisboa, em Portugal, ele também afirmou que o Brasil está passando por uma situação que ocorre pela primeira vez em décadas, em que enfrenta um problema de inflação interna, ao mesmo tempo em que importa inflação de outros países.

'O número de inflação acelerou e teve piora tanto quantitativa quanto qualitativa, a gente tem enfatizado isso', disse ele.

'É muito importante ser realista e entender o quão disseminada está a inflação e o quão difícil será o trabalho do Banco Central nesse ponto', completou.

Em sua fala, Campos Neto reconheceu que o BC tem percebido mais recentemente uma revisão de inflação para cima e de crescimento para baixo em 2022.

Ele voltou a atribuir o avanço de preços na economia ao forte choque em alimentos ocorrido no ano passado e ao novo choque ocorrido neste ano, ligado a eletricidade e combustíveis, que classificou como 'o maior dos últimos 20 anos'.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne nos dias 7 e 8 de dezembro para a próxima decisão sobre os juros básicos, atualmente em 7,75% ao ano. No último encontro do colegiado, no fim de outubro, a mensagem era de que outro aumento de 1,5 ponto era antevisto pela autoridade monetária, desde que o cenário não mudasse.

De acordo com a pesquisa Focus mais recente, a expectativa dos agentes econômicos já é de um Produto Interno Bruto (PIB) abaixo de 1% no ano que vem, com inflação de 4,79%, ante meta central de 3,5%, que o BC vinha frisando ser possível atingir.

FISCAL

Campos Neto também indicou nesta terça-feira que o aumento do prêmio de risco ligado ao país tem conexão com o fiscal e com os questionamentos sobre a trajetória das contas públicas à frente --algo que se relaciona mais com a visão de quanto o Brasil pode crescer estruturalmente do que com os dados fiscais do dia a dia, que têm melhorado.

Campos Neto disse que a autoridade monetária em geral não fala sobre o tema, mas ressalvou que os desenvolvimentos no front fiscal têm impacto sobre a taxa neutra de juros e, portanto, sobre o trabalho do BC.

'Se eu tenho um mesmo modelo de equilíbrio fiscal com crescimento de 2,5%-3% e uma taxa de juros de 7%, e mudo o crescimento de 2,5%-3% pra 1%, e passo a uma taxa de juros de 8%, eu deixo claramente de ter uma coisa sustentável pra ter uma coisa explosiva', afirmou ele.

Campos Neto disse que, de um lado, o Brasil precisa fazer um esforço fiscal, sendo 'muito importante' acenar com algum corte de gastos. Ele disse, contudo, entender as dificuldades nesse sentido no âmbito do 'mundo político', que 'gera suas limitações'.

Por outro lado, ele pontuou que o que vai realmente equilibrar as percepções sobre o Brasil no futuro é a capacidade de o país crescer mais, lembrando que nos últimos sete anos o PIB foi 'bastante baixo'.

'É importante deixar mensagem que temos que seguir com as reformas estruturais, (é) a forma de achar esse equilíbrio fiscal com credibilidade. A credibilidade hoje, mais do que nos detalhes do fiscal do dia a dia, está em passar uma mensagem que a gente é um país que tem capacidade de ter crescimento sustentável mais alto', afirmou.

Sobre o cenário externo, ele frisou que o mundo passará por um processo de normalização dos juros após os estímulos dados durante a pandemia, o que fará com o que o ambiente seja 'ainda mais desafiador' para o Brasil.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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