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Inverno aprofunda miséria para pobres da Argentina após cortes de Milei

Placeholder - loading - Mulher se afasta de fila após receber alimento de igreja que auxilia os pobres em Buenos Aires 31/05/2024 REUTERS/Agustin Marcarian
Mulher se afasta de fila após receber alimento de igreja que auxilia os pobres em Buenos Aires 31/05/2024 REUTERS/Agustin Marcarian
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Por Juan Bustamente e Horacio Soria

BUENOS AIRES (Reuters) - O número de sem-teto está aumentando nas principais cidades argentinas, à medida que as duras reformas do novo governo libertário de Javier Milei reduzem as pensões e os salários do Estado e aumentam os preços dos aluguéis, forçando mais pessoas à pobreza.

A última pesquisa realizada pelas autoridades locais mostrou que o número oficial de argentinos que dormem nas ruas de Buenos Aires chegou a 4.009 em abril, acima dos 3.511 do ano anterior. Esses números estão se repetindo em outros centros urbanos, como Córdoba e Rosário, à medida que Milei reequilibra o Orçamento do Estado a um custo altíssimo para a economia e para os mais vulneráveis.

Rocio Coman, que recebe uma pensão do Estado, está sem teto há vários anos. Ela descreveu a situação atual como um 'desastre'.

Ela estava entre uma mistura de sem-teto e pessoas da classe trabalhadora que buscavam ajuda da 'Amigos en Camino', uma instituição de caridade em Buenos Aires que patrulha as ruas distribuindo ajuda àqueles que lutam para se manter.

A organizadora da instituição de caridade, Monica De Russis, 59 anos, que ajudou a administrar a Amigos en Camino nos últimos 13 anos, viu as condições piorarem. Muito mais pessoas 'que têm um teto sobre suas cabeças' estão indo até eles porque 'não ganham o suficiente', disse Russis. '(Estamos) fazendo a nossa parte.'

Até o momento, a resposta do governo à crise dos sem-teto tem enfrentado críticas.

A ajuda a milhares de refeitórios populares foi congelada quando Milei assumiu o cargo em dezembro, enquanto seu governo tentava combater a corrupção no sistema de bem-estar social e agilizar o processo de fornecimento de assistência estatal.

Milei disse que quer acabar com 'o negócio da pobreza', mudando a forma como as instituições de caridade são usadas como intermediárias na distribuição de recursos para os necessitados.

Na segunda-feira, um tribunal argentino ordenou que o governo liberasse toneladas de alimentos destinados aos pobres que estavam armazenados enquanto se aguardava uma auditoria solicitada pelo governo.

O porta-voz da Presidência no início desta semana confirmou que recorrerá da decisão.

ENTRE COMER E SE AQUECER

Apesar de ter um emprego, Francisco Llamas, de 52 anos, está entre os que foram obrigados a recorrer aos bancos de alimentos para obter ajuda.

Sua conta mensal de eletricidade em Buenos Aires subiu de 1.100 pesos (2,50 dólares) para 12.000 pesos (13,50 dólares) em novembro, à medida que o governo começa a mirar nos subsídios dos serviços públicos e a implementar aumentos de impostos como parte de seu programa de austeridade.

Juntamente com a inflação anual de quase 300%, a escolha para muitos argentinos neste inverno é entre aquecimento e alimentação.

'Sou uma pessoa que trabalha e não consigo chegar ao fim do mês', disse Llamas, que ganha dinheiro cuidando de idosos. O governo de Milei 'não está pensando muito nas classes média e baixa', acrescentou Llamas.

No primeiro trimestre deste ano, cerca de 18% das famílias não conseguiam mais atender às suas necessidades básicas de alimentos e energia, em comparação com os 9,6% registrados no ano anterior, segundo relatório da Universidade Católica da Argentina (UCA).

As estimativas da UCA sugerem que quase 55,5% -- ou cerca de 25 milhões de pessoas -- viveram na pobreza durante os primeiros três meses do ano, um aumento de 10% em comparação com o mesmo período em 2023.

Milei está lutando contra um problema herdado de alta pobreza. O país sul-americano registrou uma taxa de pobreza firmemente acima de 25% nas últimas duas décadas.

Mas a pobreza aguda, segundo os ativistas, exacerbou-se sob Milei, cujas políticas para controlar a inflação de três dígitos estão melhorando as finanças do Estado, mas deixaram mais pessoas lutando para se alimentar.

De volta às ruas de Buenos Aires, Russis apontou para o risco de mais pessoas comuns se tornarem desabrigadas: 'A escolha é entre pagar o aluguel ou comer', disse ela.

Escrito por Reuters

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BRUNO MARS QUEBRA RECORDE HISTÓRICO NO STREAMING GLOBAL

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Sucesso absoluto no Spotify: números que impressionam

A trajetória de Bruno Mars no Spotify é marcada por recordes e feitos inéditos. Além do marco dos 150 milhões de ouvintes mensais, ele também quebrou o recorde de música mais rápida a atingir 1 bilhão de streams com a faixa "Die With A Smile", em parceria com Lady Gaga, que atingiu o número em apenas 96 dias.

Outro destaque é o clássico "Just The Way You Are", que acumula 2,39 bilhões de streams e é a música mais ouvida da carreira de Bruno Mars na plataforma. Em uma única semana, a faixa somou 132,2 milhões de streams, estabelecendo outro recorde de audiência semanal.

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Décadas depois, o menino que cresceu idolatrando Elvis conquistou seu próprio trono — não o do rock, mas o do streaming. Se Presley foi o símbolo máximo da era do vinil e das performances ao vivo, Bruno Mars é hoje o nome mais forte da era digital, com recordes inéditos nas principais plataformas e uma base global de ouvintes que cresce a cada hit.

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