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IPCA fecha 2024 com alta de 4,83% e volta a estourar teto da meta sob peso de alimentos e gasolina

Placeholder - loading - Feira no Rio de Janeiro 10/05/2019. REUTERS/Pilar Olivares
Feira no Rio de Janeiro 10/05/2019. REUTERS/Pilar Olivares
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Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) -A inflação no Brasil voltou a estourar o teto da meta em 2024 depois de ter ficado dentro da faixa alvo no ano anterior, pressionada principalmente por alimentos e gasolina.

É com o atual cenário de inflação elevada e expectativas desancoradas que Gabriel Galípolo inicia sua gestão como novo presidente do Banco Central, com a autoridade monetária já em compasso de aperto monetário.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve em dezembro alta de 0,52%, depois de ter subido 0,39% em novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

Com isso o índice utilizado para a meta oficial de inflação encerrou 2024 com alta acumulada de 4,83%, acima do teto do objetivo de 4,5% -- meta central de 3,0% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de alta de 0,57% no mês, acumulando em 12 meses avanço de 4,88%.

Desde que o regime de metas de inflação foi adotado no Brasil em 1999, essa é a oitava vez que o objetivo foi descumprido, depois de 2022, 2021, 2017, 2015, 2003, 2002 e 2001.

Assim, o Banco Central terá que explicar ao governo os motivos de o objetivo não ter sido cumprido, e já prevê a chance de repetir a investida em julho diante das suas atuais projeções para os preços ao consumidor.

Isso porque a partir de 2025 será adotada uma meta contínua de inflação, prevendo que o BC deverá se explicar ao governo se o alvo for descumprido por seis meses consecutivos. Além das causas e medidas necessárias para assegurar a convergência da inflação para dentro dos limites da meta, o BC terá que estipular também o prazo esperado para que essas ações produzam efeito.

O BC intensificou o ritmo de aperto nos juros no final do ano passado ao elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, a 12,25% ao ano. E ainda previu mais duas altas da mesma magnitude à frente, após citar risco de piora da dinâmica inflacionária a partir do anúncio de medidas fiscais do governo.

A autoridade monetária volta a se reunir em 28 e 29 de janeiro, em um cenário não apenas de crescimento forte da atividade e mercado de trabalho aquecido que marcaram 2024, mas também de forte depreciação cambial, com as expectativas de inflação desancoradas.

“A inflação de dezembro foi mais espalhada e disseminada, mas podemos dizer que o câmbio é um dos fatores que influencia os preços. Há muitos alimentos cotados em dólar e tem muitos produtores que optam por exportações dependendo do câmbio. Há ainda o impacto que o dólar exerce sobre custos e componentes', disse o gerente da pesquisa no IBGE, André Almeida.

PRESSÕES

No ano passado, o grupo com maior impacto na inflação foi o de Alimentação e Bebidas, com alta de 7,69% no período depois de subir 1,18% em dezembro.

Também tiveram impactos significativos as altas de 6,09% de Saúde e cuidados pessoais, após avanço de 0,38% em dezembro, e de 3,30% de Transportes, que subiram 0,67% no último mês do ano. Esses três grupos responderam por cerca de 65% da inflação de 2024, segundo o IBGE.

“2024 foi um ano de muitas questões climáticas, El Niño, calamidade no RS, estiagem, ondas de calor, períodos sem chuva e incêndios. Só (a alta de) as carnes nos últimos quatro meses foi de 23,88% por cento', disse Almeida. No ano, as carnes acumularam alta de 20,84%.

Já entre os impactos individuais, o maior peso coube à gasolina, que acumulou alta de 9,71% após os preços avançarem 0,54% em dezembro. Na sequência pesaram mais plano de saúde, que subiu 7,87% em 12 meses, e refeição fora do domicílio, com alta de 5,70% no ano.

Por outro lado, subitens com preços mais voláteis ajudaram a segurar a alta do IPCA, como as passagens aéreas, que acumularam queda de 22,2% no ano passado. Em dezembro, a alta dos preços desse item desacelerou a 4,54%, de 22,65% em novembro.

A inflação de serviços foi fonte de preocupação ao longo de 2024, em meio não só ao aquecimento do mercado de trabalho como também da elevação da renda. No ano, houve alta de 4,78%, com os serviços avançando 0,66% em dezembro.

O índice de difusão, que mostra o espalhamento das variações de preços, disparou em dezembro a 69%, de 58% no mês anterior.

(Edição de Isabel Versiani)

Escrito por Reuters

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SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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