Irã está disposto a conversas indiretas com EUA, diz assessor de Khamenei
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DUBAI (Reuters) - Kamal Kharrazi, assesssor do líder supremo do Irã, disse nesta quinta-feira que Teerã não fechou todas as portas para resolver suas disputas com os Estados Unidos e está pronto para negociações indiretas com Washington.
Até o momento, Teerã rejeitou a advertência do presidente dos EUA, Donald Trump, para que faça um acordo ou enfrente consequências militares. O líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, chamou a mensagem de enganosa e o ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, afirmou que as negociações são impossíveis, a menos que Washington mude sua política de 'pressão máxima'.
'A República Islâmica não fechou todas as portas. Está pronta para negociações indiretas com os Estados Unidos a fim de avaliar a outra parte, declarar suas próprias condições e tomar a decisão apropriada', disse Kharrazi, de acordo com a semioficial Agência de Notícias dos Estudantes Iranianos.
O Irã deve responder em breve à carta de Trump, com Araqchi dizendo na semana passada que Teerã levaria em consideração tanto a ameaça de Trump quanto as oportunidades em sua resposta.
Em seu primeiro mandato, de 2017 a 2021, Trump retirou os EUA de um acordo de 2015 entre o Irã e as potências mundiais que impôs limites rigorosos às atividades nucleares contestadas de Teerã em troca de alívio das sanções.
Depois que Trump se retirou em 2018 e reimpôs sanções abrangentes dos EUA, a República Islâmica violou os termos e, desde então, ultrapassou em muito esses limites em seu programa crescente de enriquecimento de urânio.
As potências ocidentais acusam o Irã de ter uma agenda clandestina para desenvolver a capacidade de armas nucleares por meio do enriquecimento de urânio a um alto nível de pureza físsil, acima do que eles dizem ser justificável para um programa civil de energia atômica.
Teerã afirma que seu programa nuclear é totalmente voltado para fins de energia civil.
(Reportagem da Redação de Dubai)
Escrito por Reuters