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Israel lança primeiros ataques terrestres a Gaza; Netanyahu diz ser 'apenas o começo'

Placeholder - loading - Tanque israelense posicionado perto da fronteira com a Faixa de Gaza 13/10/2023 REUTERS/Amir Cohen
Tanque israelense posicionado perto da fronteira com a Faixa de Gaza 13/10/2023 REUTERS/Amir Cohen
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JERUSALÉM (Reuters) - A infantaria israelense fez seus primeiros ataques à Faixa de Gaza nesta sexta-feira desde que os combatentes do Hamas invadiram o sul de Israel no fim de semana, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a campanha militar de retaliação está apenas começando.

Israel prometeu aniquilar o Hamas depois que combatentes do grupo militante palestino que controla Gaza invadiram cidades e aldeias israelenses no sábado, matando 1.300 pessoas, principalmente civis, e fugindo com dezenas de reféns.

Desde então, Israel colocou a Faixa de Gaza -- onde vivem 2,3 milhões de palestinos -- sob um cerco total e a bombardeou com ataques aéreos sem precedentes. As autoridades de Gaza dizem que 1.900 pessoas morreram.

Nesta sexta-feira, Israel deu prazo de 24 horas para mais de um milhão de residentes da metade norte de Gaza fugirem para o sul e escaparem de um ataque. O Hamas prometeu lutar até a última gota de sangue e disse aos moradores para não irem embora.

O porta-voz militar israelense, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que tropas apoiadas por tanques realizaram incursões para atacar as equipes de foguetes palestinas e buscar informações sobre a localização dos reféns tomados pelo Hamas.

Em uma breve declaração transmitida pela televisão de forma incomum após o início do sábado judaico, Netanyahu afirmou: 'Estamos atacando os nossos inimigos com uma força sem precedentes'. E acrescentou: 'Enfatizo que este é apenas o começo.'

Mais cedo, vários milhares de moradores podiam ser vistos nas estradas que saíam da parte norte da Faixa de Gaza, mas era impossível saber seu número. Muitos outros disseram que não iriam.

O Hamas, que controla o território palestino densamente povoado, prometeu lutar até a última gota de sangue. O Exército israelense disse que um número significativo de habitantes de Gaza começou a se deslocar para o sul 'para se salvar'.

'A morte é melhor do que ir embora', disse Mohammad, de 20 anos, em pé na rua, do lado de fora de um prédio reduzido a escombros em um ataque aéreo israelense há dois dias, perto do centro de Gaza. 'Eu nasci aqui e vou morrer aqui, sair é um estigma.'

As mesquitas transmitem a mensagem: 'Fiquem em suas casas. Fiquem em suas terras'.

'Dizemos ao povo do norte de Gaza e da Cidade de Gaza: fiquem em suas casas e em seus lugares', declarou Eyad Al-Bozom, porta-voz do Ministério do Interior do Hamas, em uma coletiva de imprensa.

'Ao realizar massacres contra os civis, a ocupação quer nos deslocar mais uma vez de nossa terra.'

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que o pedido de Israel para que os civis de Gaza deixassem o território era impossível de ser realizado 'sem consequências humanitárias devastadoras', o que provocou uma repreensão de Israel, que disse que a ONU deveria condenar o Hamas e apoiar o direito de autodefesa de Israel.

'O laço em torno da população civil em Gaza está se apertando. Como 1,1 milhão de pessoas podem se deslocar por uma zona de guerra densamente povoada em menos de 24 horas?', escreveu Martin Griffiths, chefe de ajuda da ONU, nas redes sociais.

'TAREFA DIFÍCIL'

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha disse que seria impossível para as organizações de ajuda auxiliarem 'um deslocamento tão grande de pessoas em Gaza' enquanto o local permanecer sob o cerco israelense.

'As necessidades são impressionantes, e as organizações humanitárias precisam ser capazes de aumentar as operações de ajuda.'

Os Estados Unidos, que pediram a Israel que protegesse os civis, não hesitou em apoiar publicamente seu aliado. O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que uma retirada tão grande era uma 'tarefa difícil', mas que Washington não questionaria a decisão de dizer aos civis para saírem.

'Entendemos o que eles estão tentando fazer e por que estão tentando fazer isso -- para tentar isolar a população civil do Hamas, que é seu verdadeiro alvo', afirmou ele à MSNBC.

A ordem de retirada de Israel se aplica à metade norte da Faixa de Gaza, incluindo o maior assentamento do enclave, a Cidade de Gaza. A ONU disse ter sido informada de que Israel queria que toda a população da área -- cerca de metade dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza -- atravessasse a reserva natural de Gaza Wadi, que divide o enclave.

'Civis da Cidade de Gaza, saiam para o sul para sua própria segurança e a segurança de suas famílias e se distanciem dos terroristas do Hamas que os estão usando como escudos humanos', disseram os militares israelenses.

Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, que é rival do Hamas, disse ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, na Jordânia, que o deslocamento forçado dos palestinos em Gaza constituiria uma repetição de 1948, quando centenas de milhares de palestinos fugiram ou foram expulsos do que hoje é Israel. A maioria dos habitantes de Gaza são descendentes desses refugiados.

Gaza já é um dos lugares mais lotados do mundo e, por enquanto, não há saída. Israel impôs um bloqueio total, e o Egito, que também tem uma fronteira com o enclave, até agora resistiu aos apelos para abri-la aos moradores em fuga.

O Cairo disse que o apelo de Israel para que os habitantes de Gaza deixem suas casas foi uma violação do direito humanitário internacional que colocaria os civis em perigo.

Desde que os combatentes do Hamas atravessaram a barreira e mataram 1.300 israelenses no sábado, Israel respondeu com os ataques aéreos mais intensos de seus 75 anos de conflito com os palestinos. As autoridades de Gaza dizem que 1.800 pessoas foram mortas, e a ONU afirma que 400.000 pessoas já ficaram desabrigadas.

(Reportagem de Henriette Chacar, Dedi Hayun, Maayan Lubell, Emily Rose, James Mackenzie em Jerusalém, Michelle Nichols em Nova York, Emma Farge em Genebra, Jeff Mason em Washington, Humeyra Pamuk em Tel Aviv, Steve Gorman e Dan Whitcomb em Los Angeles e Emma Farge em Genebra)

Escrito por Reuters

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