Israel segue com planos de assentamento apesar das críticas dos EUA
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JERUSALÉM (Reuters) - O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, prometeu continuar a expandir os assentamentos na Cisjordânia ocupada, desafiando a pressão internacional para que Israel pare de construir em terras que os palestinos consideram como o núcleo de um futuro Estado independente.
No final da terça-feira, Smotrich anunciou a aprovação de um novo assentamento chamado Mishmar Yehuda, em Gush Etzion, um aglomerado de assentamentos judaicos localizados ao sul de Jerusalém, e disse que o trabalho continuaria para autorizar outros assentamentos.
'Continuaremos com a dinâmica de assentamentos em todo o país', afirmou ele em um comunicado.
A medida foi tomada poucos dias depois que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que Washington considerava os assentamentos judaicos na Cisjordânia inconsistentes com o direito internacional, voltando a uma posição de longa data dos EUA que foi derrubada pelo governo do ex-presidente Donald Trump.
A mudança fez com que os Estados Unidos voltassem a se alinhar com a maior parte do mundo, que considera ilegais os assentamentos construídos no território que Israel capturou na guerra de 1967 no Oriente Médio. Israel contesta essa visão, citando os laços históricos e bíblicos do povo judeu com a terra.
Os palestinos afirmam que a expansão dos assentamentos na Cisjordânia faz parte de uma política israelense deliberada para minar sua ambição de criar um Estado independente com Jerusalém Oriental como capital.
Na semana passada, os ministros israelenses concordaram em reunir um conselho de planejamento para aprovar cerca de 3.300 casas a serem construídas nos assentamentos, uma decisão que, segundo Blinken, decepcionou Washington, que vem pressionando pela retomada dos esforços para uma solução de dois Estados para o conflito de décadas entre Israel e os palestinos.
(Reportagem de James Mackenzie)
Escrito por Reuters
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