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Itaú revisa para baixo projeção para inflação e vê viés de baixa para PIB em 2025

Placeholder - loading - Vista de São Paulo 13/01/2025. REUTERS/Jorge Silva
Vista de São Paulo 13/01/2025. REUTERS/Jorge Silva
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SÃO PAULO (Reuters) - O Itaú revisou para baixo sua estimativa para a inflação neste ano e vê viés de baixa para o crescimento econômico, em meio às elevadas incertezas no cenário global com a guerra comercial dos Estados Unidos.

O banco projeta agora inflação de 5,5% este ano, de 5,7% antes, em revisão que incorpora a expectativa de corte nos preços da gasolina nas refinarias e os efeitos da queda de preços de commodities metálicas sobre a inflação de bens industriais.

'Os riscos permanecem assimétricos, com viés de baixa -- reflexo de uma possível nova queda nos preços do petróleo e de commodities metálicas se a desaceleração global for mais intensa -- enquanto os riscos de alta estão concentrados nos preços domésticos de commodities agrícolas, diante do aumento das exportações resultante da guerra comercial entre Estados Unidos e China', explicou o Itaú em análise divulgada nesta quarta-feira.

Para 2026, a projeção para a alta do IPCA também foi reduzida, a 4,4% de 4,5%, refletindo uma inércia inflacionária mais baixa.

Em relação à economia, o banco manteve a estimativa de crescimento do PIB em 2025 em 2,2%, mas com viés de baixa. Para 2026 foi mantida a projeção em 1,5%, com riscos considerados equilibrados.

'O recuo da projeção do PIB global e dos preços das commodities foi compensado pelo efeito positivo do novo crédito consignado privado. Com isso, apesar da manutenção da projeção, destacamos o viés de baixa, diante do elevado risco de desaceleração da atividade mundial', explicou.

O Itaú calcula ainda um crescimento do PIB no primeiro trimestre de 1,6% sobre os três meses anteriores, destacando a resiliência da economia e um bom desempenho do setor agropecuário, mas com crescimento positivo em todos os setores.

'A guerra comercial e seu impacto sobre o crescimento global corrobora nossa expectativa de desaceleração mais clara na segunda metade do ano', disse o Itaú.

Em relação ao câmbio, o banco manteve a projeção de que o dólar ficará em R$5,75 em 2025 e 2026, citando 'a expressiva incerteza em relação ao cenário global'.

O Itaú também manteve a projeção de que a taxa básica de juros Selic terminará este ano em 15,25%, após duas altas de 0,5 ponto percentual nas próximas duas reuniões do Banco Central.

'Mas com menor convicção sobre a segunda (alta) -- cuja implementação depende da evolução do cenário internacional e seu impacto sobre a taxa de câmbio e os preços de commodities', alertou.

Para o Itaú, o Brasil enfrenta dois canais principais de impacto em relação à elevada incerteza do cenário global com as tarifas comerciais no centro das discussões.

'O canal direto, via comércio, tende a ser limitado, dado o reduzido grau de abertura comercial da economia brasileira', disse. 'O canal indireto, via desaceleração global, queda nos preços de commodities e fluxos financeiros em ambiente de aversão ao risco, que pode ser mais relevante.'

'Nosso cenário base considera algum grau de alívio externo, com negociação das tarifas, mas vemos riscos relevantes de escalada da guerra comercial, com retaliação e consequente recessão global, o que nos leva a adotar uma postura cautelosa nas projeções', completou.

(Por Camila Moreira)

Escrito por Reuters

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Placeholder - loading - Imagem da notícia DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

Em 2025, a preocupação com o uso não autorizado da inteligência artificial (IA) para treinar modelos baseados em obras protegidas por direitos autorais tomou o centro do debate cultural. Um movimento liderado por mais de 400 artistas britânicos, entre eles Dua Lipa, Elton John, Paul McCartney, Coldplay, Kate Bush e Ian McKellen, exigiu que o governo do Reino Unido reformule suas legislações de proteção intelectual.

A carta aberta enviada ao primeiro-ministro britânico Keir Starmer representa uma ofensiva histórica por maior transparência e regulamentação no uso de conteúdos criativos pela IA, especialmente por grandes empresas de tecnologia.

“Estamos profundamente preocupados com a ameaça existencial que a IA não regulada representa para a música, o cinema e todas as formas de arte criativa” — afirma o trecho principal do documento divulgado em maio.

A polêmica do treinamento de IA com obras protegidas

Os artistas pedem transparência quanto aos materiais utilizados no treinamento de sistemas de IA, como músicas, roteiros, livros e performances, muitos deles com copyright. A carta apoia uma emenda ao projeto Data (Use and Access) Bill, proposta pela baronesa Beeban Kidron, que obrigaria as empresas a revelarem as obras utilizadas para treinar IA.

“A criatividade humana precisa de proteção, não apenas para os grandes nomes, mas para todos os que vivem de sua arte” — destacou a baronesa Kidron ao Financial Times.

Protestos silenciosos e decisões legais reforçam a pressão

A mobilização ganhou ainda mais força com o lançamento do álbum de protesto “Is This What We Want?”, composto por faixas silenciosas de mais de 1.000 músicos britânicos. A ideia foi criar uma metáfora sobre a apropriação indevida do silêncio e protestar contra a coleta de dados criativos sem consentimento.

Nos Estados Unidos, o Escritório de Direitos Autorais (U.S. Copyright Office) estabeleceu que obras geradas inteiramente por IA não podem ser protegidas por copyright, a menos que envolvam participação humana substancial.

“A autoria humana continua sendo o pilar do direito autoral” — afirmou Shira Perlmutter, ex-chefe do Copyright Office dos EUA, em nota oficial.

Além disso, em março de 2025, um tribunal federal dos EUA reafirmou essa diretriz, negando a proteção de direitos a imagens criadas exclusivamente por IA.

Elton John e Paul McCartney se posicionam

A mobilização não tem sido silenciosa nos bastidores. Elton John declarou ao The Guardian:

“É inaceitável que as empresas de tecnologia explorem nossa música sem sequer pedir permissão. Estamos falando da essência do nosso trabalho.”

Paul McCartney, por sua vez, lembrou dos impactos emocionais da música:

“A arte não é apenas dados, é emoção. Não podemos permitir que algoritmos substituam histórias de vida.”

A arte pede socorro

A batalha por regulamentação justa da inteligência artificial na indústria criativa está apenas começando, mas já demonstra que os artistas não aceitarão passivamente que suas obras sejam usadas sem compensação ou consentimento.

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