Jacinda Ardern se despede do Parlamento da Nova Zelândia em discurso emocionado
Publicada em
Por Lewis Jackson
(Reuters) - Todos os neozelandeses devem sentir que a política pode ser um lar para eles, disse a ex-primeira-ministra Jacinda Ardern nesta quarta-feira, em um discurso final ao Parlamento depois de liderar o país durante a pandemia de Covid-19 e um ataque terrorista em Christchurch.
Ardern, que agradeceu sua família, partido político e apoiadores, deixou o cargo de primeira-ministra em janeiro dizendo que 'não tinha mais nada no tanque' para comandar o país.
Ela apareceu no cenário global em 2017, quando se tornou a chefe de governo mais jovem do mundo, aos 37 anos. Ela ganhou ainda mais atenção internacional quando levou seu bebê a uma reunião das Nações Unidas.
Popular no exterior, ela viu seu apoio cair dentro do país com preços mais altos, aumento da criminalidade e reformas controversas na água e na agricultura.
Como chefe do Partido Trabalhista de centro-esquerda por cinco anos, Ardern conduziu a Nova Zelândia durante uma erupção vulcânica, um ataque de 2019 por um atirador em Christchurch que matou 51 fiéis muçulmanos e a pandemia.
Ardern disse que se envolveu na vida das pessoas 'durante seus momentos mais dolorosos ou traumáticos' naquela série de eventos.
'Suas histórias e rostos permanecem gravados em minha mente e provavelmente ficarão para sempre', afirmou Ardern na quarta-feira no Parlamento.
Filha de um policial e de uma operadora de cantina escolar, e autodenominada 'abraçadora e chorona', Ardern disse que queria que sua carreira inspirasse outras pessoas a assumir o cargo.
O sucessor Chris Hipkins nomeou Ardern na terça-feira para um papel não remunerado no combate ao extremismo violento online em uma organização criada após o ataque de Christchurch. Ardern disse que estava ansiosa para trabalhar na desradicalização.
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO