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Japão e Índia estudam satélite equipado com laser para reduzir lixo espacial

Placeholder - loading - Imagem ilustrativa mostra modelo de satélite colocado sobre imagem da Terra 25/11/2024 REUTERS/Dado Ruvic
Imagem ilustrativa mostra modelo de satélite colocado sobre imagem da Terra 25/11/2024 REUTERS/Dado Ruvic

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Por Kantaro Komiya

TÓQUIO (Reuters) - Startups espaciais do Japão e da Índia anunciaram nesta terça-feira acordo para estudar em conjunto o uso de satélites equipados com laser para remover detritos da órbita da Terra, uma abordagem experimental para o problema cada vez mais grave de congestionamento orbital.

A Orbital Lasers, sediada em Tóquio, e a InspeCity, empresa indiana de robótica, disseram que estudarão oportunidades de negócios para serviços espaciais, tais como a remoção de satélites extintos de órbitas e o prolongamento da vida útil de espaçonaves.

Separada da gigante japonesa de satélites SKY Perfect JSAT este ano, a Orbital Lasers está construindo um sistema que usará feixes de laser para interromper a rotação do lixo espacial, vaporizando pequenas partes de sua superfície e facilitando sua captura por uma espaçonave de serviço.

A Orbital Lasers planeja demonstrar o sistema no espaço e fornecê-lo aos operadores após 2027, disse Aditya Baraskar, líder de negócios globais da empresa. O sistema pode ser montado em satélites InspeCity se as empresas cumprirem as exigências regulatórias na Índia e no Japão, acrescentou Baraskar.

As empresas disseram ter assinado um acordo preliminar para iniciar a colaboração. A InspeCity foi fundada em 2022 e arrecadou 1,5 milhão de dólares no ano passado, enquanto a Orbital Lasers arrecadou 900 milhões de ienes (5,8 milhões de dólares) desde que foi criada em janeiro.

Um painel das Nações Unidas sobre coordenação de tráfego espacial no final de outubro disse que é necessário uma ação urgente para rastrear e gerenciar objetos na órbita baixa da Terra devido ao rápido aumento de satélites e lixo espacial.

Já existem mais de 100 empresas no mercado de serviços espaciais à medida que as constelações de satélites se expandem, disse Nobu Okada, presidente-executivo da Astroscale, pioneira japonesa na redução de lixo espacial, no início deste ano.

O projeto é o exemplo mais recente de colaboração entre o Japão e a Índia, cujos governos estão trabalhando juntos na missão conjunta Lunar Polar Exploration (LUPEX), que poderá ser lançada já em 2026.

O fabricante indiano de foguetes Skyroot e o construtor de satélites HEX20 também estão trabalhando com a empresa japonesa de exploração lunar ispace em uma futura missão orbital lunar.

Escrito por Reuters

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