Japão inicia liberação do 2º lote de água radioativa tratada da usina de Fukushima
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TÓQUIO (Reuters) - A Tokyo Electric Power Company (Tepco) começou a liberar, nesta quinta-feira, mais água radioativa tratada da usina nuclear japonesa Fukushima Daiichi, que está em ruínas, como parte de um plano que causou tensão com a vizinha China.
O plano de descarga teve início em agosto, em uma etapa fundamental para a desativação da usina, que sofreu danos graves após ser atingida por um tsunami em 2011, no pior desastre nuclear do mundo desde Chernobyl, 25 anos antes.
A liberação, que começou na manhã desta quinta-feira, durará cerca de 17 dias, já que cerca de 7.800 metros cúbicos de água serão despejados no Oceano Pacífico, disse a Tepco em um comunicado.
Embora as autoridades nucleares, incluindo o órgão de fiscalização das Nações Unidas, tenham dito que o plano terá um impacto insignificante sobre os seres humanos e o meio ambiente, ele ainda irritou alguns vizinhos, principalmente a China.
O lançamento inicial, no final de agosto, desencadeou uma proibição geral de produtos de frutos do mar japoneses pela China, Hong Kong e Macau. Houve também uma enxurrada de ligações de assédio para empresas e escritórios japoneses que se acredita serem originários da China.
O Japão afirma que a água é tratada para remover a maioria dos elementos radioativos, exceto o trítio, um isótopo de hidrogênio que deve ser diluído, pois é difícil de filtrar.
Os níveis de trítio nas águas circunvizinhas desde a descarga inicial atenderam aos padrões pré-determinados, segundo testes realizados pela Tepco.
Apesar das garantias, um grupo de cinco pessoas se manifestou do lado de fora do consulado japonês em Hong Kong para exigir a interrupção imediata do plano de descarga.
'Talvez o Japão possa explorar várias abordagens alternativas para envolver a comunidade internacional e encontrar melhores maneiras de resolver essa questão conosco', disse um dos manifestantes, Pang Yap-ming, 31 anos, à Reuters.
(Reportagem de Sakura Murakami e Joyce Zhou)
Escrito por Reuters
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