Jefferson passará por audiência de custórida na tarde desta segunda
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Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Após entregar-se á Polícia Federal depois de inicialmente resistir à prisão com disparos de fuzil e lançamentos de granadas que feriram dois agentes no domingo, o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) passou a noite no presídio de Benfica, no Rio de Janeiro, e passará à tarde por uma audiência de custódia.
Jefferson foi preso após se entregar em sua casa, no município de Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro, depois de inicialmente resistir à prisão. A negociação que resultou em sua rendição contou com a participação direta do ministro da Justiça, Anderson Torres, por determinação do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), de quem Jefferson é apoiador.
Os dois policiais federais feridos por estilhaços de granadas lançadas pelo ex-parlamentar, que estava em prisão domiciliar, foram socorridas e estão fora de perigo.
Bolsonaro procurou, já no domingo, distanciar-se de Jefferson, chamando-o de 'bandido' por ter disparado contra os policiais.
Após ser preso, Jefferson foi inicialmente levado para a superintendência da Políica Federal no Rio de Janeiro, onde foi registrada a prisão decretada pelo ministro do Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por descumprimento das medidas restritivas impostas a ele.
Ainda de madrugada, Jefferson passou pelo Instituto Médico Legal (IML) para realização de exame de corpo de delito e posteriormente levado ao presídio de Benfica, onde permanece preso e aguardando a audiência de custódia. A previsão é que a audiência ocorra no início da tarde desta segunda.
'Roberto Jeferson deu entrada no sistema prisional e encontra-se acautelado no presídio José Frederico Marques, em Benfica, onde aguarda, ainda hoje, passar por audiência de custódia', informou a Secretaria de Administração Penitenciaria do Rio de Janeiro.
Se a prisão for mantida, a tendência é que ele seja levado para um presídio destinado para detentos com nível superior. A previsão é que Jefferson fique no complexo de Bangu, na zona oeste.
Moraes havia decretado a prisão de Jefferson por descumprimento de medidas cautelares e, após o ex-deputado disparar e lançar granadas contra agentes da PF, emitiu novo mandado por entender que as atitudes de Jefferson configuram tentativa de homicídio contra os agentes.
O ex-parlamentar só se entregou após oito horas de negociações no domingo. Ele trocou tiros com os policiais federais e lançou três granadas contra eles.
Jefferson estava em prisão domiciliar desde janeiro e proibido de usar as redes sociais. No entanto, em um vídeo publicado nas redes, ele fez ofensas à ministra Cármen Lúcia, do STF, o que motivou a revogação de sua prisão domiciliar e a determinação para que fosse novamente preso.
Escrito por Reuters
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