Jornalista norte-americano Gershkovich perde novo recurso contra prisão na Rússia
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Por Tatiana Gomozova
MOSCOU (Reuters) - O repórter norte-americano Evan Gershkovich perdeu um novo recurso em um tribunal de Moscou nesta quinta-feira contra sua prisão por acusações de espionagem que ele nega.
A embaixadora dos Estados Unidos em Moscou acusou a Rússia de conduzir 'diplomacia de reféns' depois que um juiz rejeitou pedido para que o repórter do Wall Street Journal fosse libertado da prisão de Lefortovo, em Moscou, enquanto aguarda julgamento por acusações que acarretam pena de prisão de até 20 anos.
Vestindo jeans e uma camiseta preta, Gershkovich sorriu para os repórteres enquanto estava em uma caixa de vidro dentro do tribunal. Seus pais, Mikhail Gershkovich e Ella Milman, que trocaram a União Soviética pelos Estados Unidos em 1979, estavam presentes para apoiá-lo.
A decisão do juiz não foi nenhuma surpresa, depois que um tribunal negou um pedido anterior dos advogados de Gershkovich em abril para que ele fosse transferido para prisão domiciliar, concordasse com restrições em seus movimentos ou concedesse fiança.
'Embora o resultado fosse esperado, não é menos ultrajante que sua detenção continue sendo mantida', disse o Wall Street Journal em um comunicado.
O Kremlin afirma que Gershkovich, de 31 anos, foi pego 'em flagrante' em uma viagem à cidade de Yekaterinburgo, nos Urais, onde o serviço de segurança FSB disse que ele estava tentando obter segredos militares. O FSB não forneceu nenhum detalhe para apoiar essa alegação, que é veementemente negada pelo jornal.
A embaixadora dos EUA, Lynne Tracy, que não teve permissão para entrar na audiência, disse a repórteres do lado de fora que estava 'extremamente desapontada' com a decisão.
Ela elogiou Gershkovich por sua 'força e resiliência notáveis' e reiterou a posição dos EUA de que as acusações contra ele são infundadas.
Escrito por Reuters
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