Julian Assange não será extraditado imediatamente, decide tribunal britânico
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Por Michael Holden e Sam Tobin
LONDRES (Reuters) - Julian Assange, do WikiLeaks, ganhou nesta terça-feira a chance de continuar sua luta contra a extradição para os Estados Unidos, depois que a Alta Corte de Londres determinou que os EUA precisam dar mais garantias.
Os promotores norte-americanos estão tentando levar Assange, de 52 anos, a julgamento por 18 acusações, todas com exceção de uma sob a Lei de Espionagem, devido à divulgação de registros militares confidenciais dos EUA e telegramas diplomáticos pelo WikiLeaks.
Em fevereiro, os advogados de Assange solicitaram permissão para contestar a aprovação britânica de sua extradição para os EUA, argumentando que seu processo tinha motivação política.
Em sua decisão, dois juízes seniores disseram que ele tinha uma perspectiva real de recorrer com sucesso contra a extradição com base em vários fundamentos.
O tribunal deu às autoridades norte-americanas a oportunidade de fornecer 'garantias satisfatórias' em questões sobre se ele poderia se basear na Primeira Emenda da Constituição dos EUA e se ele poderia estar sujeito à pena de morte.
Se essas garantias não forem fornecidas, Assange receberá permissão para recorrer. Uma nova audiência foi marcada para 20 de maio.
Os EUA argumentam que as revelações do WikiLeaks colocaram em risco a vida de seus agentes e que não havia desculpa para a criminalidade dele.
Os muitos apoiadores de Assange o aclamam como um herói anti-establishment que está sendo perseguido, apesar de ser um jornalista, por expor as irregularidades dos EUA e supostos crimes de guerra.
Os EUA, por sua vez, afirmam que Assange foi acusado por publicar de forma 'indiscriminada e consciente' os nomes das fontes e não suas opiniões políticas.
Escrito por Reuters
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