Justiça prorroga inquérito sobre atentado contra Bolsonaro até perto do 1º turno
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BRASÍLIA (Reuters) - A Justiça Federal de Minas Gerais atendeu nesta quinta-feira pedido da Polícia Federal de prorrogação por mais 15 dias a conclusão do inquérito policial em que apura o ataque à faca ao candidato a presidente pelo PSL, Jair Bolsonaro, o que significa que a apuração deverá ser encerrada às vésperas do primeiro turno, no dia 7 de outubro.
Em decisão tomada, o juiz substituto da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, Bruno Savino, afirmou que a PF demonstrou a necessidade de continuar a apuração.
A medida requerida pela polícia e com parecer favorável do Ministério Público Federal tem por objetivo dar tempo para cumprir as diligências indispensáveis para finalizar a apuração.
'Com tais elementos probatórios a serem recolhidos nas próximas semanas, a PF pretende avançar no sentido de caracterizar a autoria e materialidade do ato criminoso, bem como determinar as motivações do agressor e delimitar eventuais co-participações', disse o comunicado da PF de mais cedo.
'Assim, comprovada a necessidade de mais prazo para a conclusão das investigações, defiro a prorrogação do prazo para a conclusão do presente inquérito policial por até 15 dias, com fundamento no art. 66 da Lei 5.010/66', disse o magistrado, em decisão obtida pela Reuters.
Atual líder das pesquisas ao Palácio do Planalto, Bolsonaro foi esfaqueado no dia 6 de setembro durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O responsável pelo ataque, Adélio Bispo de Oliveira, foi preso em flagrante, admitiu o crime e continua detido preventivamente em um presídio federal em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
APURAÇÕES
A polícia disse que até o momento entrevistou 38 pessoas, colheu 15 depoimentos formais de testemunhas, realizou três interrogatórios formais do preso e analisou dois terabytes de imagens.
Foram realizadas ainda diligências investigativas em Juiz de Fora, Montes Claros, Uberaba, Uberlândia, Pirapitinga, Belo Horizonte, todas cidades mineiras, e em Florianópolis (SC).
A PF concluiu cinco laudos periciais, outros quatro exames seguem em andamento. Além disso, foram pleiteadas e obtidas junto ao Poder Judiciário várias medidas cautelares, como quebra de sigilo bancário, telefônico e telemático.
Ao final das apurações feitas pela PF, o Ministério Público vai avaliar se, por exemplo, oferece denúncia contra o autor do atentado ou pede o cumprimento de novas diligências.
(Reportagem de Ricardo Brito)
Escrito por Thomson Reuters
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